Tempo de pedra ou tempo de mar?
Cercadas e profundas são as águas do ser mergulhado em solidão.
E ainda que aparentemente as pedras sejam ponte,
não serão mais que defesas.
Não aos outros.
Mas ao mar.
[ Viver a meia idade num relacionamento com um parceiro pode implicar em desafios cognitivos e sociais que têm um efeito de proteção contra a debilidade cognitiva na velhice, Krister Hakannson ]
41 comentários:
penso que não é da meia idade mas de gente que desistiu
Oh minha linda, estava eu descansadíssima com a tua ausência porque julgava que estavas de férias e, afinal, tens um braço partido? Mas que grande maçada! As tuas melhoras e não te desesperes muito com o gesso...
Beijinho e melhoras
:)))
Perseverança, dedicação e entendimento, podem ser as bases para lograr um bom fim.
O que acontece é que cada dia nos suportamos menos, e alguém em grau superlativo.
Desejo-te o melhor.
Beijinhos de agradecimento e uma meiguice
gostaria de ter esse problema .
Jokas
Paula
"há mar e mar!... há ir e voltar!"...
beijo
Há tempo para tudo... até para querer mais e mais da vida.
Beijos
águas
pequenas pedras com asas e
depois
amor: amor de amar
talvez ingenuamente
talvez da forma mais
estranha
mais aferrada e
persistente,
espero e vou devagar
no entanto
sempre: sempre
beijo e abraço ( só com um braço!! :)
~
o link:
http://grauzerocartasanickdrake.blogspot.com/
[ cadavezmadoumelhorcom
a vida ecom a morte, juntas, :)
Arabica,
Se tu o dizes :))) e o ilustras... :)))...
Além disso, parabéns pelo prémio!
Um beijo.
Bom final de semana.
Beijos
Tempo de pedra, dentro.
Como a idade-meia que lá vai. São tortuosos os meses quentes na cidade.
Bjinho
Tempo de pedra(s), sim.
Mas mole, que o gesto é perfurante e ultrapassa as artroses da intenção.
bj.do meu parapeito.
PS. Rápidas melhoras!
Há sempre um mar
que resiste
Bjs
partiste um braço, moça ? como fizeste isso ? julgava-te de férias no Sul... Um beijo e as melhoras
Viver qualquer idade um relacionamento com um parceiro É sempre um desafio cognitivo, emotivo, social...
É empolgante, sempre!
Um beijo e um sorriso, amiga:))
E como é que se sabe o que é a meia idade?:):)
E antes dela? E depois dela?
Isto para não fazer outra ordem de perguntas.
Beijinho, Amiga.
Voltaste e voltaste em plena forma!
Solidão e pontes foram os meus últimos posts, sem a tua profundidade do viver a dois na meia idade...
Abraço
um braço partido ?.. E eu a pensar que a ausência eram férias!
As melhoras ...
Grato pela música!
______ abraço
_____________________ JRMarto
suponho que a meia idade seja a minha... metade da hipotética longevidade.
portanto... estou mesmo a precisar de um desafio cognitivo!
aparentemente as pedras podem ser pontes!
um beijo
luísa
Minha linda (rosa-choque): não sabia, do braço. Isto é que é ser rabina e ladina, só pode, visto que a tua idade ainda vai no adro!... Rápidas melhoras, paciência e beijinhos
voltar aqui a meio da ausência é que me faz bem :) beijinho grande!
Mesmo só com um bracito, venha lá brindar comigo!
Mas como é que a gente sabe onde está a meia idade se não se sabe onde nem quando ela acaba? E às vezes nem se sabe também onde começou...
Pois, só quando morrer é que sei qual foi a meia-idade.
Entretanto, não passa de uma ponte convencional a justificar a obrigação de ter sumo de juízo e sabedoria e/ou como desculpa para uma certa loucura apressada de viver o que não se viveu, ou seja, o desejo de retomar a primeira ou a segunda.
A meia-idade tem a mania dos efeitos retroactivos.
A frase que citas, parece-me um bocadinho confusa. Trata-se de um investimento? De uma hipótese de lucro na bolsa? Da compra recíproca de Sonotones e medicamentos para a tensão arterial?
Ou de um "complemento", já a fazer parte de nós, baseado na história comum, quase já em forma de espelho e em que as várias mortes (na memória, no entendimento, na mobilidade) são sentidas como amputações do que o outro foi em nós e nós fomos nele?
Neste caso, talvez se chame amor. Não o exaltado pelos arabescos românticos vendidos em pacote,kit,livro ou cd, mas o outro, o real. O sentado,discreto, confiante e confiado.
É que a solidão, não corta as idades às fatias: pode existir em todas.
Consta que a pior de todas é quando se olha para o parceiro ali ao lado e se nota que nunca esteve lá.
São essas pedras dolorosas que, olhando em volta,vejo todos os dias, no mar magoado e estranho dos olhos das pessoas.
De que idade será esta vontade de brincar ao espadachim com as canadianas?:)))
Relacionamentos da meia idade só funcionam de modo vital se for desafio.
Não mais as pétalas de rosas que caem do céu mas a lida com a realidade de pessoas que já conheceram outras fases e carregam em si estórias de viver e de ser.
Mas, cá entre nós, não me atreveria a separar-me do mar.
O mar é azul-mãe.
Gostei daqui, parabéns pelo espaço.
Lizzie, há um estudo sueco sobre Alzheimer, que equaciona o factor "viver sózinho" na meia idade, em algumas pessoas com a variante genética, que foram observados aos 50 anos e 21 anos depois. Inclonclusivos ainda, são contudo, na perspectiva de Krister Hakannson que liderou o grupo de pesquisadores, importantes para prevenir a demência e a debilidade cognitiva. Isto a propósito da avó do meu genro (que tem 83 anos) e que trabalhou e conduziu o seu automóvel até Fevereiro p.p., quando uma manhã não reconhecendo o rosto que lhe aparecia no espelho, saiu de casa zangada e telefonou à filha fazendo queixas da mulher que vivia com ela e lhe escondia as chaves do carro.
Tomemos no entretanto vitamina B12 na prevenção :) tu para que continues a brincar com as canadianas e eu, pela parte que me toca, continue a mergulhar doce docemente, ainda que com o braço esquerdo fora de água :)
É preciso ter idade para isso?
Então devo ter...sei lá...11? :))
Beijos
será que precisamos nos defender do mar ou abrir-nos às suas águas?
um grande beijinho
jorge
Ainda cá volto.
De vez enquando almoço com um investigador neurofisiologista amigo. E lá segue lição de que tanto gosto:cognitivamente positiva:))
Já me mostrou que a genética (através da biologia molecular) comanda a maleita.
E a visibilidade da maleita aumenta porque estamos vivos mais tempo. Temos a vida cada vez mais prolongada. Mas vamos morrendo no prolongamento até que a corda tanto estica que parte.
O que pode retardar o natural envelhecimento, como qualquer outro músculo, é o estímulo, o exercício.
Cá para mim se alguém tiver um parceiro pouco estimulante, envelhece mais cedo:))
E, já se sabe que o cérebro é físico: dá-lhe uma lesão e o comportamento pode mudar.
E, se calhar, os estimulos e a vontade de viver não dependem de ter ou não parceiro/a. Conheço muita gente, já bem entrada, que gosta de viver sózinha. Alguns porque querem ter liberdade e independência para se dedicarem aos seus interesses. Têm uma vida cheia. Não lhes noto o sacrifício da solidão.
Outros, como umas "velhotas" (4) deliciosas espanholas que conheço, porque acham que andar " de jaleo-na borga" com as amigas é muito mais compensador que o papel da companhia institucional do sofá.
Esse acento tónico na solidão face à falta de parceiro/a, pergunto-me,socialmente falando e comparando com outras culturas, se não terá a ver com a obrigatoriedade da filosofia judaico-cristã tradicional.
Não se anda sempre a perguntar se o filho/a já casou? A sociedade não condena (culpa) os voluntariamente celibatários?
Muitas mulheres (sobretudo mulheres) não se sentem socialmente diminuídas por não terem "homem".
Será a orientação desse estudo luterana com pózinhos de calvinismo (vamos lá pôr ordem nisto,cada um com o seu par senão perdem-se nas malhas do Demo)?
Daqui a bocado vou ser obrigada a andar pelos 75. Depois, mais logo, espero voltar aos 15, até que me mandem ser mais coerente com a idade física que tenho:))Há pessoas muito esperançosas:))
E pronto.
Vir aqui agora fez-me sentir o cheiro do mar.
...e ontem joguei mesmo esgrima com as canadianas. Morri três vezes e ressuscitei mais viva:))
Lizzie,
concordo na genaralidade com tudo quanto dizes, mas acredito que há um outro estado de solidão, afectiva e fisica, que efectivamente poderá "marcar" o "destino" genético a bolt.
Lembras-te da história efabulada do gato na mochila? Com o braço ao peito e com a mãe do meu genro ao meu lado (a quem tenho pudor de contar histórias de gatos e afins), fazendo pesquisas na net, lembrei-me dela...
Particularmente acredito que viver sózinho, mantendo circulos familiares e de amizade revitalizados ao nosso redor, mantendo um fluxo constante de desafios e tarefas, passatempos e (pequenos ou grandes) prazeres, nos pode ajudar a atingir a "idade toda" com todas as nossas faculdades.
Fico contente por as canadianas estarem a cumprir a sua missão :))
Eu ontem não morri :) mas senti-me muito perto do "céu", quando o meu gesso outono-inverno, foi trocado, por um modelo primavera verão :))
Agora sei que os melhores dias para o desafio (cognitivo) de dar mergulhos com o braço de fora, são à 2ª,4ª,5ª e sábados. Não vá falhar o equilibrio, é sempre mais seguro brincar quando o nosso anjo da guarda está de serviço :))
Contente pela tua recuperação :) deixo-te votos de gloriosos campeonatos :)
Teresa, Solinho, Duarte, Pi, Inside, Alien, Paula, Herético, Lita, Bettips, Bardo, Eufrázio, Paulo, Justine, Licínia, Rosa, Jose Marto, Luisa, Alice, Telinha, M., Bárbara, Jorge, Laura, gostei de vos saber, aqui de mar e pedra ponte, pedra encontro.
E o mar, aqui tão perto.
Abraço e beijos gratos pelas visitas, que com mais ou menos demora, retribuirei (o tempo que eu levo para me vestir!!!!! o tempo que demora arrumar a louça trazida da máquina!!!!o tempo que tudo, de repente, demora!!!!)
:)
Ai!! errata: generalidade, claro!!
Deixo-vos uma pergunta (é o que faz pensar sobre o que se escreve):
a pior de todas, não é a solidão emocional?
o teu rabih abou-khalil fez-me lembrar o steve swalow e de seguida a carla bley e de seguida o paul bley e de seguida o michael mantler
esta rapariga ja teve mais maridos do que o caraças (do caraças nao encontrei nada):)))))))
maozinha quieta
:)
Vim só dar um olá e desejar as melhoras
Ah! E agora já consigo ouvir a tua musica
Beijinhos
;))))
Por vezes é como dizia o Poeta 'inda é terra, mas já pertence ao mar'
abraços!
www.tintapermanente.com
Na pequena enseada do tempo, repousam ainda todas as aventuras... quem sabe navegar, enfrentará todos os mares!
Um beijo meu!
AL
Tempo de pedra(s) e tempo de mar(es).
De passagem rápida para um beijo de saudade.
Passarei com mais tempo...Quando regressar de vez.
Sabes o que me fizeste recordar?
A protecção e a beleza dos corais e quanto me sangraram.
Vá lá eu perceber porquê...
Beijo.
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