terça-feira, janeiro 12, 2010

"o rapaz que lhe desenhava bonecas"



Foi aos primeiros dias do ano que ela se interrogou sobre o que levava tantas pessoas a dizerem não, a continuarem a dizerem não, à mudança que era lógica, a seus olhos, acontecer. Não percebendo esse mar de gente estranha, mudou a formulação da pergunta: porque é que para ela, mulher de quase cinquenta anos, hetero e sem qualquer registo de crise de identidade sexual, duas filhas e uma neta, crente qb, é tão sem pecado e natural a escolha pela igualdade de direitos humanos? sabendo que a resposta seria encontrada algures nos códigos emocionais armazenados na memória, dispôs-se ao mergulho introspectivo.

Há muito dizia que desde sempre tivera amigos com outras tendências sexuais e que essas escolhas em nada interferiam nas relações de amizade que guardava, é um facto. Mas o "sempre" da constatação anterior levava-a apenas ao tempo dos seus dezasseis anos, quando conheceu o Fernando, um gay assumidissimo e sem complexos, liberto de traumas -alguma vez os tivera?-, nascido e criado na Bica, com quem trabalhou meia duzia de anos e de quem guardava amistosas recordadações, com excepção dos momentos em que dava com ele a olhar para o mesmo rapaz. Pisava-o e dizia-lhe travessa, eu vi primeiro. Ao que ele sempre lhe respondia a rir, com aquele ar doce tão seu, mas só para os escolhidos: não importa quem viu primeiro, importa quem é correspondido. E ela nos seus dezasseis anos, sustinha a respiração: quem iria ser correspondido no olhar? (sorriso....)

Portanto, a resposta ao porquê das suas escolhas actuais não poderia residir no Fernando, bem recebido desde logo por ela. Não fora o Fernando a fazê-la pensar, mas se não fora ele, quem teria tido então, antes dos dezasseis, tão importante papel?

A resposta surgiu-lhe alguns dias depois, a propósiito de uma outra pergunta, onde teria eu ido buscar os seios fartos, as ancas largas e as cinturas de vespa das minhas primeiras bonecas?



Ambas as respostas residiam no rapaz que lhe desenhava bonecas.



O Nini vivia no prédio em frente do seu e era o rapaz mais diferente que ela nos seus pequenos seis anos de vida conhecera. O Nini era muito alto e magro, de cabelos negros encaracolados e de sorriso pronto, falava com toda a gente. Filho de pai italiano e mãe portuguesa, era o segundo de cinco irmãos, todos diferentes. O Nini não jogava à bola na rua com os outros rapazes, mas ao contrário deles, muitas vezes parava no parapeito da janela, onde ela, gorducha, ao fim das tardes de verão gostava de estar a desenhar. Foi assim que se conheceram. Ela com seis e ele com doze. Um dia ele perguntou-lhe, gostas muito de fazer bonecas não gostas? e ela dizendo-lhe que sim, perguntou-lhe queres desenhar também? Ele pegando no lápis, desenhou-lhe a boneca mais sensual -embora nesse tempo essa palavra não existisse no seu pequeno vocabulário- que ela alguma vez tinha visto. Desenhou-a de frente e desenhou-a de lado, perante o espanto dela que nunca vira tamanha facilidade e rapidez para chegar à perfeição. Depois desses "moldes" desenhados pelo seu mais recente amigo, nunca mais as suas bonecas foram as mesmas, sofrendo a metamorfose de uma qualquer operação plástica.Todos os patinhos feios eram agora transformados em cisnes, em poucos segundos.

Durante os anos seguintes, o Nini cresceu muito. Era cada vez mais alto e mais magro, vestia calças justissimas que lhe acentuavam o corpo, camisas largas que ela só via nos filmes de domingo à tarde, quando ia ao cinema com o pai. O Nini que estudava no Charles Lepierre, falava quatro línguas estrangeiras com a mesma facilidade com que no passado lhe desenhara as primeiras bonecas perfeitas. Ao mesmo tempo, na rua, começaram a ouvir-se os primeiros rumores trocistas sobre ele. Eram os outros rapazes a dizê-los, eram as colegas da escola e por fim, quando de mão dada com a mãe ia ao mercado, ouvia-os também à socapa, da boca das vizinhas. Ela não gostava daquela troça, daquele diz que diz de quem nada sabe, não gostava que lhe chamassem nomes que ela não conhecia, que falassem dele assim meio às escondidas.

Deveria ter 10 ou 11 anos quando percebeu o que queriam dizer e percebeu que, fosse o que fosse o Nini, ela o adorava e nada poderia mudar essa adoração mútua.





De facto, percebe hoje, da vivência diária ao longo de dez anos com o seu amigo Nini e do seu papel de diferente numa sociedade cinzenta e mesquinha, ela retirou aprendizagens que a levaram às escolhas actuais, a ser o ser livre que hoje é.





_...morderam-se decerto muitas línguas, quando a meio da década de 80 o Nini, então a residir na Suiça e comissário de bordo, regressou a Portugal para umas curtas férias, casado e com um par de filhas gémeas lindissimas nos braços. Feliz e diferente, como sempre o conheceramos, andou de porta em porta a cumprimentar os vizinhos que deixara naquela rua, estreita de mais, mesmo para o seu corpo magro.







39 comentários:

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

que delícia de texto. confesso que o final me surpreendeu!

um beij

Manuel Veiga disse...

muito actual o texto. muito bem escrito...

beijo

Mar Arável disse...

A liberdade com responsabilidade

não tem preço

Bom rexto

Bjs

mixtu disse...

a sociedade é sempre dificil de entender...

mordi a minha lingua :)

abrazo serrano

Maria disse...

No final somos uma sociedade cada vez mais igual...

Gostei muito do texto!

Um beijo

simplesmenteeu disse...

Quanto mais mergulhamos no olhar dos outros, mais nos descobrimos como seres completos e livres.

Muito bom e oportuno!

Às vezes, o cansaço das lutas, determina um fim diferentes do esperado.

Beijo carinhoso

Nós do blog disse...

Gostei do blog.

Abraços.

Licínia Quitério disse...

É uma linda história sobre a aprendizagem da liberdade na idade da inocência. E foi assim que a menina se fez mulher e continua a desenhar bonecas e a conviver em paz com as diferenças de que nem chega a aperceber-se, tão empenhada anda nas suas sempre novas aprendizagens.

Abraço.

Rosa dos Ventos disse...

Uma bela história, mesmo se o final fosse diferente!

Abraço

uf! disse...

Também gostei da história e da maneira como a contou.
Conheci alguns jovens Ninis. Uns casaram porque não eram homossexuais. Outros casaram porque não eram heterossexuais. Outros não casaram, sabe-se lá porquê.
À excepção de um dos que casou, todos tiveram filhos biológicos. O outro, face aos problemas da esposa, adoptou.
bjs

augusto, um entre mil disse...

Alguma vez o mundo irá endireitar-se ?

MagyMay disse...

Mordam-se as linguas da todos "os sapateiros que tocam rabecão"!

Gosto dos teus "gritos", Cafézinha

PS - ...essa mulher azul, descalça, meia embrulhada num útero mas com uma tocha na mão prontinha a partir a casca do ovo e sair... leva-me a imaginar uma mistura 100% arábica.

Lizzie disse...

Desculpa,não estava para comentar, mas parece-me que a Bica respirou de alívio:
o Nini não voltou
travesti
transsexual
estilista
bailarino
poeta
artista
ou outros

afinal voltou macho com prole comprovativa:)

Já agora,e por uma questão de justiça, conheço muita gente ligada à Igreja que não discrimina de modo algum, como conheço uma mulher (entre outras) intelectualíssima, filiada num partido de esquerda e com palavreado, volta e meia na televisão, que me disse não ir às consultas de uma ginecologista lésbica (competentíssima)por ter medo que a médica tirasse prazer das consultas.

Nestas coisas, nada é a preto e branco nem catalogado em hierarquias de feição pública.

Rui disse...

Chamava-se Nini, mas não vestia de organdi.
E dançava (dançava). Dançava não só para mim, uma dança sem fim, mas para todos.
E todos olhavam (olhavam).

E desde então, se lembro o seu olhar, é só para recordar que lá no baile não havia outro igual. E eu ia para o bar beber e suspirar, pensar que tanto amor ainda acabava mal.

Pela irmã do Nini, claro.

Lizzie disse...

e, já agora, para continuar abrutalhada e antipática, porque é que se encheram telejornais com o processo da Casa Pia e não houve ninguém que falasse na calamidade das "Casas Pias" das meninas?

Arábica disse...

Não sei se respiraram de alívio, Lizzie, uma vez que um dos papéis que o meu amigo ainda que indirectamente desempenhou, foi, o de eu cortar ainda menina com o mundo paralelo do diz que diz, de não ligar -não ouvir- ao que as "vizinhas" diziam à porta da mercearia ou, quando regressadas da missa, ainda de véu e livrinho de orações na mão, decretavam entre suspiros e bençãos.

Ao longo da vida encontrei (encontrámos todos) mundos paralelos semelhantes, onde a minha postura foi sempre a mesma: dar-lhes as costas (afinal até as tenho largas)...


Simultâneamente, e estamos a falar de uma míuda de 10 anos, o outro papel que ele desempenhou, foi o do aceitar o "diferente" viesse ele vestido ou revestido como viesse, tendo em conta valores mais especificos e importantes que as escolhas sexuais e até mesmo politicas: até julgo que ele não era própriamente de esquerda.

Não faço a menor ideia porque é que só se falou na "Casa Pia" dos meninos. Uma boa pergunta para formulares a quem de direito.

Tomá lá um chá e um beijo, minha comentadora antipática e abrutalhada :) :)

Laura Ferreira disse...

Que lindo!
Gostei muitíssimo...

uf! disse...

Lizzie, suspeito que essa pode ser a ginecologista que me operou, há uns anitos. Uma coisa lhe posso garantir: o prazer foi todo meu!
Não só é competente como se faz rodear de uma equipa de gente competente.
Ganharam um lugar especialíssimo na minha memória.

Arábica disse...

_de facto há muitas histórias que terminaram da mesma maneira e muitas outras que terminaram de forma diferente.
Cada um escolheu o que na altura lhe pareceu melhor ou inevitável.
É de uma sociedade mais justa, sincera e sem falsos moralismos que este post trata.

Vou estar afastada do blogue até ao fim de semana.

Um abraço a todos.

Anónimo disse...

Acho o teu texto muito bem construido, pelas seguintes razões:

- Abordagem muito elegante da orientação sexual;
- Tem pressuposto a liberdade de escolha;
- Está suportado num exemplo que terá estado exposto a uma certa censura e hipocrisia social.

Formalmente, pouco gente achará o artigo da Constituição que consagra como direito inaleanável, a opção da orientação sexual, como aliás o da religião, etc.

Na prática, essas opções -- Mesmo não interferindo com as escolhas alheias, são mal vistas, causticadas e conduzem muitas vezes a um certo ostracismo.

Vivemos numa sociedade hipócrita que se "rebarba" estigmatizando.

Pior:
A ideia de casal, família ortodoxos está a enfraquecer, apesar de ainda consagrada no Código Civil.
A organzação de pessoas em família está a evoluir e a ultrapassar o legislador.
O Estado está a recuar em quase todas as funções de soberania e, no entanto, recusa-se a aceitar a evolução das famílias para modalidades heterodoxas.

Veremos se o próximo Orçamento consagra a figura fiscal de cada membro de uma família «clássica» poder apresentar uma declaração de rendimentos individual, fazer declarações de patrimónios individuais e aceitar ser tributada nesse regime.

Se a aferição do Tribunal Constitucional não encontrar qualquer impedimento na lei aprovada na AR, restará ao PR promulgação do diploma.

A questão da oportunidade desta iniciativa legislativa é um argumento pouco consistente, tanto como o de ir ao multibanco tirar ma licença para um dia de pesca desportiva.
Claro que há coisas mais importantes.

Se a lei for promulgada, haverá meia dúzia de casais do mesmo género a casar e depois seguir-se-á a rotina equivalente à dos casamentos heterossexuais, banalizada e sem alarde.

Tudo o resto é folclore.

Saudações

Justine disse...

Felizes os que tiveran um Nini na sua infância, para os ajudarem a moldar a alma e a re-desenhar o corpo!
Magnífico texto sobre a tolerância, a ternura, a liberdade, a poesia e a arte - e aí está a menina feita adulta a reinventar-se e às suas bonecas:))
Abracinho

Lizzie disse...

Uf:

não sei se é a mesma. Espero que seja.

Não a conheci enquanto doente mas digo-lhe sempre que se precisar de ser operada tem que ser por ela, apesar de já estar na semi reforma ( o Estado nem um agradecimento ou louvor lhe deu apesar de todo o trabalho desenvolvido).

Tenho a certeza que mesmo anestesiada e com segurança na competência, me vou rir à gargalhada. Tem um senso de humor absolutamente fresco e inesgotável.
É pessoa que vou guardar sempre.

Arábica, desculpa o abuso mas deixa-me só dizer ao

JPD

que em Espanha, definida que já foi e sem grande palhaçada ambígua a questão dos homossexuais,já há um movimento para alteração do modelo ortodoxo de família tradicional. A questão foi iniciada por discussão entre o Almodovar e o Vaticano e, claro, que já é meta sexual, incluindo famílias constituídas por amigos, p. ex.

~pi disse...

escavação perfeita!

linda poética

fresca

doce

pequenina e

profundamente

adulta

[ braços terra e céu

olhos crepitantes:

poço e sino

ponte e rio

tra ves s ia :)




mil beijos,




~

uf! disse...

Lizzie, se estivermos a falar de pessoas diferentes, é bom sinal; se haver uma é óptimo, haver duas é excelente. Mas receio bem que seja a mesma pessoa. Digo «receio» porque, infelizmente, profissionais como ela há poucas e poucos.
A pessoa de quem falo também está na pré-reforma e também tem um humor excelente. Já agora, posso dizer-lhe que a minha gine era outra, também excelente profissional, tão excelente que me disse que preferia que eu fosse vista por outra pessoa com mais experiência na cirurgia! E indicou-me 3 nomes; o dessa médica foi o primeiro e depois o de dois médicos. Um deles teve um comportamento, que nem lhe digo, nem lhe conto - É uma máquina de fazer dinheiro, aquele homem! Ó se é!. Por coincidência e por mero acaso, estava eu tu cá tu lá com uma minha amiga que fora operada e que se envolvera com o cirurgião e conversa daqui e conversa dali então que não vim a descobrir que era o mesmo???
A propósito, Lizzie, no outro dia queria pedir-lhe um favor e depois esqueci-me. Não se importa de perguntar À sua tal amiga se ela vai a ginecologistas homens para que ELES tenham prazer ou é só para ELA ter prazer?!
:-)
Ele há com cada uma :-))))
Para vocês não sei mas, para mim, se a senhora não vai a uma gine les por receio que ela (gine) tenha prazer, é porque
a) vai ao gine homem para que ele tenha prazer
b) só vai a um gine, homem, se tiver a certeza de que ele é gay
c) tem medo de lhe tomar o gosto...
;-) Não me leve a mal mas há coisas que, quando vêm de gente que se diz de esquerda, como aparentemente essa sua amiga, me deixam de cabelos em pé.

VANDA, desculpe por mais uma vez apanhar boleia na sua caixinha de comentários.
Um bom resto de semana
boas bicas :-)
bjs

Lizzie disse...

Uf:

muito a correr deixe-me dizer-lhe que a tal senhora medrosa não é minha amiga, credo!

Cruzei-me com ela por motivos de trabalho e foi um alívio quando o cruzamento se acabou.

Além desta opinião, tinha outras, noutros campos, de efeitos muito graves: é que chamar "obscurantista", a rir-se, a uma pessoa que está a rezar a Deus por ter um filho de 17 anos a morrer (e morreu), enfim...era lá eu capaz de ser amiga de uma pessoa assim.

Quando a vejo, a ela e/ou ao igual marido, fico, no mínimo, com náuseas.


Bom fim de semana.

Alberto Oliveira disse...

Rui:

Nunca mais me faças uma coisa destas! Tirar-me o "pão da boca" que é com quem diz, o miolo para um comentário à maneira com Nini dançarina. Não basta estares a olhar aí de cima?!

Arábica:

"Um comissário de bordo, regressa da Suiça com duas filhas nos braços"?! oh pá! tu arranjaste um final de história tão, tão, que a minha-mais-que-tudo até me perguntou «Ó Lé, tu estás a chorar porquê?! não me digas que estiveste a ver outra vez o Leão da Estrela*? deixa lá isso que os "cinco violinos"** já eram. Agora são precisos "onze carregadores de piano"***.

* Filme português do tempo em que os "lagartos" coleccionavam títulos como quem junta selos.
** Linha avançada do Sporting, desse mesmo tempo, que punha os olhos em bico aos adversários.
*** Na gíria do futebolês, jogadores com pouca técnica mas fisicamente bem constituidos.


Abraços, sorrisos e parabéns pelo retrato de corpo inteiro.

Arábica disse...

Minhas caras comentadoras façam de conta que estão em casa, puxem das cadeiras ou imaginem um sofá confortável qb. Eu trago cafés e chás com fartura para todos.
E guardem o número de telefone dessa médica, nunca se sabe quando se vai precisar. De uma consulta ou de uma grande dose de bom humor.

Abraços e beijos para todas as meninas e para todos os meninos. Festinhas para os Leões da Estrela. Ou da Graça. :))

uf! disse...

Lizzie, Uf! também achava estranho que fizesse parte do seu círculo de amizades, mas às vezes há coisas... Precipitei-me na leitura, desculpe .-)

Arábica, assim que me livrar de uma tarefa complicada em que estou metida, vou marcar uma consulta de revisão. Espero ainda chegar antes de a médica se reformar.
Obrigada pelo chá. Para mim, é sem açúcar, por favor. Hum, está uma delícia e calha mesmo bem nesta manhã de nevoeiro. Eu bem espero, mas ele não há meio de aparecer - o sol.
beijos de bom domingo

Duarte disse...

Excelente!!!
Aqui nos deixaste um relato empolgante que cativa desde o primeiro parágrafo.
O modo como abordas o tema e como o ilustras na intriga, fez dele um curto digno de ser apresentado a concurso.

Lamentavelmente a nossa sociedade não está habituada a ver pessoas destacáveis e quando isso acontece já são tudo aquilo que não o são.

Os meus parabéns por tão extraordinária narração, um deleite para um monótono dia de domingo...

Um grande abraço de boa amizade

mfc disse...

E não é que fizeste mais um post lindíssimo?!
Muitos e muitos beijos de parabéns.

maré disse...

redesenhada de ternura infinita...

e eu sentava-me hoje a tomar um cházinho... só que quero o teu jazz que me az muita falta, pode ser?

um beijo e um sorriso

A.S. disse...

É uma delicia ler-te!!!

Beijos
AL

Arábica disse...

Uf, espero que ainda vá a tempo.
Eu sei -pelos anos a que vou ao mesmo ortopedista- o tal que já ganhou o nome de anjo da guarda- que quando mudamos de médico, no principio dá uma certa insegurança.
Não que o "substituto" não seja bom -olhe que o de Faro tb teve mt de anjo!!!- mas porque reconhecemos a competencia dada pelo tempo ao anterior.

:)e... ai!!!! nem sol nem um tempinho com fartura para vos desfrutar!
Foi-se o fim de semana e varrida já está a segunda feira do nosso descontentamento -cinzenta e de águas pardas!

Ao lado do café e do chá (muito chá com chá bebi eu a semana passada) ficam scones, bolinhos de côcô e raspas de laranja cobertas de chocolate (pois...andei às compras!!!) :)

Um abraço a todos, boa semana!

bettips disse...

De tantas vezes sermos olhadas diferentes por aceitar a diferença!
Um belo conto vivido - vitórias de vida e que mossa fazem nas gentes das ruas esconsas.
Bjinho

O Árabe disse...

Assim é, amiga. As diferenças são normais e compõem o mundo. Já os preconceitos... :( Boa semana, fica bem!

pb disse...

Minha Querida, fiquei preso pela qualidade da Tua escrita de como com facilidade e simplicidade nos transmitiste recordações da tua infância. Um beijo

Sandra disse...

Fantástico!!!

Porque será que as pessoas quando falam de alguém que pouco conhecem, geralmente é para dizer algo desagradável?

E esta mania de se meterem na vida dos outros!!!

M. disse...

Gostei muito deste teu modo afectuoso de falares de ti, dos outros e dos preconceitos.

AnaMar (pseudónimo) disse...

Extraordinário. Li e reli.
Só não apreciei o nome do rapaz...
Ai Jazuze mulher, fez-me tão bem ler-te.
Hoje é uma tarde dedicada aos blogues amigos, de quem tenho andado tão afastada. E durante a semana não tenho computador.
Abreijosssssssssss de saudade.

(Qualquer dia, chá e scones, para nós e quem mais se queira juntar :-))