quinta-feira, outubro 29, 2009

Ousadias


Quarta-feira, 18 h, numa rua da cidade sob um céu sem estrelas,a aula de Yoga é dada numa sala do sotão de um edificio antigo, com traço de Arte Nova.
Tem muitas janelas a sala quase despida, mas com a mudança da hora, pela primeira vez, precisamos de luz de outra origem. Como móveis, apenas duas pequenas mesas. Na parede ao fundo, de frente para o nosso olhar, uma tela laranja com caracteres orientais a negro. Dois candeeiros de pé, de luz velada em tom amarelado, iluminam-nos.
Quando a Alexandra chega, acende sempre um pau de incenso, que suavemente perfuma a sala, agora já povoada pelos colchões vermelhos, onde os nossos corpos repousam, na cadência da respiração profunda.
Sabemos que é nela, respiração, que nos devemos concentrar.
É através dessa concentração que nos vamos libertando dos focos de stress que nos possuíram ao longo do dia. É através dela, que os movimentos se desenvolvem, é através dela que tomamos contacto com o nosso corpo e o sentimos.
Às vezes a Alexandra faz pequenas incursões verbais àparte da explicação das posições que vamos exercitando lentamente. Estava eu a sentir que o almoço tardio me incomodava, que os tendões e músculos das virilhas e pernas já não correspondiam ao que eu me lembrava de mim, que o meu novo volume corporal ainda que insignificante para os outros, me atrapalhava os movimentos, quando ela começou a falar do "abraçar o sofrimento". Dizia ela que quando nos sentimos infelizes e em sofrimento, temos tendência a telefonar a um amigo, ir às compras, sair, distrairmos-nos, enfim, do que nos causa infortúnio. Dizia ela, que tinha lido que isso era errado, que nós devíamos "abraçar o sofrimento", pensar nele, conversar com ele, questioná-lo, analisá-lo exaustivamente. Eu acredito que a Alexandra gosta de dizer coisas profundas com ar de quem diz coisas banais. Já há três anos atrás o fazia e eu lhe achava graça, como quem nos conta que a água deve estar a ferver, quando se lhe deita o arroz...enquanto me ia apercebendo de todas as novas dificuldades fisicas que agora também faziam parte dos meus novos desafios, não pude deixar de achar interessante a mudança no meu estágio pessoal de vida. Há três anos, a flexibilidade fisíca era muita e era no "abraçar o sofrimento" que sentia resistência, doía muito, era dificil...

Tudo muda, nada é imutável.

Tendo tido a ousadia de abraçar o meu sofrimento passado, que me permitiu evolução, equilibrio, crescimento interior, eis que novos desafios me esperam: desta vez o "sofrimento" será fisico e nada que uma boa dose de magnésio não possa ajudar a superar. Espero eu, com optimismo e treino lento...muito lento.

Quarta-feira, 20.55 h, num outro centro cultural da cidade.
Chego de táxi, do qual, logo que saio, acendo um cigarro para o fumar a "correr", estou quase atrasada!
A aula de yoga durou quase até às 20 h, só tendo dado tempo de ir a casa mudar de roupa.
Contínuo a sentir a digestão retardada daquele almoço fora de horas, pelo que não precisei jantar. Ao menos isso, não queria ir cheia de fome assistir ao ensaio geral do "às vezes as luzes apagam-se", um "concerto perfomativo" levado a palco por 10 adolescentes, entre os 14 e os 17 anos e entre eles, "o puto que cresceu", o sobrinho emprestado, o filho da amiga mais antiga, de sempre (já as nossas mães eram amigas quando andavam na primária).
Não vejo nenhum dos amigos que sei estarem presentes (fomos descuidados, não comprámos bilhetes atempadamente e quando a semana passada os quisemos, já estavam esgotados). Por milagre ou pura sorte há lugares vagos na 2ª fila, onde me sento.
Fazer da vida real dos adolescentes, os papéis principais das estrelas principais deste projecto, foi ousado. A ousadia faz talvez parte das vidas da Claudia Varejão e do Pedro Gil e ainda bem.
Saber, ouvir, sentir como estes 10 adolescentes vivem, em que pensam, como veem a familia, a escola, os professores, os amigos, o passado e o futuro, leva-nos a encontrar em nós os adolescentes que já fomos. De forma desenvolta, intimista, apaixonada, divertida, profunda, pueril ou infantil, ali estão eles, sem máscaras, a ousarem o que tantos de nós, adultos, tememos: darmos-nos a conhecer, darmos a conhecer as nossas dores, as nossas fragilidades, as nossas inseguranças, os nossos sonhos, os nossos medos, os nossos objectivos.
Todos eles diferentes entre si, cada um com o seu espaço próprio, acabam de mãos dadas, metafóricamente nús, perante nós, que do lado de cá da vida, com os anos, fomos vestindo casaco sobre casaco.

Quando as luzes se apagaram, os meus olhos correspondiam (ao contrário dos músculos e dos tendões) à minha alma. Liquidamente emocionados.

Quando cheguei a casa, comi um queijo fresco com fatias finas de pão saloio, enquanto conversava com a mãe do "puto" ao telefone, elogiando o trabalho feito por todos eles, com o cuidado de não repetir uma única palavra das frases ouvidas.
Deixo-lhe a surpresa do encantamento para amanhã.

Adormeci tarde.

Às vezes ousa-se sonhar, acordada.
Seremos afinal sem qualquer prazo de validade, sempre adolescentes?
Conseguiremos ousar?
Conseguirei ultrapassar as cãimbras?

Conseguirei, mais uma vez, ousar não querer ficar prisioneira do que me traz sofrimento?







87 comentários:

Maria disse...

Conseguirás!
Conseguiremos...

:)


Abraço

Fernando Esteves disse...

Falo obviamente por mim,
Sou bebé de colo…
Sou criança…
Sou pré-adolescente…
Sou adolescente…
Sou homem de 1ª idade…
Sou homem de 2ª idade…
Não sei se pontualmente, por antecipação, sou homem de 3ª idade…
O que virá a seguir? Uma espécie de Deus menor?
Ou outra coisa?

Eu ouso ser isto tudo, tenho a certeza!

***

“Tudo muda, nada é imutável” (?).
Logo, isso é imutável!
Certo?

***

Já agora, como treinador te digo: - a melhor maneira de recuperar de um treino é fazendo outro! E depois, repouso… activo! E mais treino e mais… comer, dormir, escrever, sonhar, etc. Não fumar (se possível)… As pequenas extravagâncias(seja lá o que isso for) devem ser pontuais.

Beijinhos.

uf! disse...

Ainda hoje, Orlando Pineda (o «guerrilheiro» da alfabetização na Nicarágua), num anfiteatro apinhado de jovens, cá pelo sul, nos dizia «Ser jovem é dar o coração ao mundo».
Orlando Pineda é um jovem de 64 anos que se tem dedicado à causa da alfabetização, na Nicarágua, nas montanhas da Nicarágua onde, como ele dizia, uma montanha não é o que é cá uma montanha; na Nicarágua, dizer montanha é dizer vegetação que não deixa ver o chão, víboras, chuva como quase não conhecemos por cá, lama...
E a juventude de Orlando Pineda empolgou aquele anfiteatro.
Do que julgo conhecer da Arábica... juventude não lhe falta!
:-)

uf! disse...

Fui espreitar o link do Greenpeace (obrigada pela partilha); parece que posso continuar a ir ao lidl
:-)

uf! disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
observatory disse...

era uma vez...

:))

bom dia bandida :))

rosa disse...

hoje li-te muito devagarinho e deixo-te um abraço.

rosa disse...

bom dia aos dois.

:))

Arábica disse...

Bom dia a todos! :)

Certa de que fechada entre quatro paredes, rápidamente a juventude se transformará em nostalgia, estou de saída.

Ainda que tema a gripe a.
Ainda que tema (teria muita, muita pena) morrer.
Ainda que...
Vou para a rua.
Vou morder os dias.
Vou comer a vida.
Vou viver e fazer o que não fiz aos 15. Como se os 35 anos entretanto vividos fossem a penhora dos que ainda me restarem.

Vou.

Bom dia.

E abraços (contente por vos ler de manhã cedo).

MagyMay disse...

Não lembro que tenha sonhos enquanto durmo... e sonho tanto quando estou acordada!

Aprender ou conseguir ousar a darmos o direito de não ficar prisioneiras do sofrimento.. dá cãimbras, distensões, dores, cansaço.
Tal como para o físico desemperrar e ficar harmonioso, a solução para a alma libertar e engradecer é,
TREINAR... TREINAR... TREINAR

Beijo Arabica, tem um bom fim de semana

(Ontem comecei a treinar... estou tão emperrada!!! Há músculos que nunca exercitei...mas as (minhas)olimpíadas estão já aí)

uf! disse...

É isso, Arábica!
De facto, não a consigo imaginar parada, a acariciar tristezas. A Arábica tem essa arrebatadora força de um juventude com 35 anos de aperfeiçoamento!
:-)))
Abreijos

Lizzie disse...

Arábica:

ora cá estão vários campos em sou completamente estrangeira:))

Como tal, acho que não tenho o direito de invadir o território de pensamento dos "nacionais".

Nem de manifestar a vontade de fazer duas perguntas,chegávam duas e dentro do campo da lógica, acerca da questão de "abraçar o sofrimento". Não a ti, claro.

E fico-me, por isso, por aqui.

Besos, bom fim de semana, coño!

Rosa dos Ventos disse...

Claro que conseguirás!
Eu sou uma campeã no abraço ao sofrimento! :-))

Abraço...sem sofrimento

Demóstenes disse...

Querer é poder!

Bom fim-de-semana!

Licínia Quitério disse...

Vai. Morde os dias. Ri-te das câimbras. Ouve o piano antes da chegada do pianista. Contempla o painel que hás-de pintar. Aspira o aroma do arábica que te invade as paredes risonhas. Agarra a cidade e obriga-a a ser as tuas fotos. Não tens mais de quinze anos, agora que já tanto aprendeste de ser crescida.

Um beijo, Arábica. Outro.

Sandra disse...

Sinto-me melhor agora com 37 do que com 15 ou 20. O único senão é que já não consigo fazer o que dá na "real gana", apenas por limitações sociais (confesso). Porque há quem diga "já tem idade para ter juízo!".
Ok tudo o que disse é discutível, mas assumo a minha fraqueza perante esta sociedade que em tempos foi minha adversária em lutas de adolescente e jovem adulta.
Agora sou uma "alinhada" na maioria das vezes. Sou-o porque amadureci em muitas coisas, porque mudei noutras e pelo peso social de algumas.
Já estou como a uf disse: "ser jovem é dar o coração ao Mundo" e esse dou com toda a certeza.
Beijos
:)

Sandra disse...

Sinto-me melhor agora com 37 do que com 15 ou 20. O único senão é que já não consigo fazer o que dá na "real gana", apenas por limitações sociais (confesso). Porque há quem diga "já tem idade para ter juízo!".
Ok tudo o que disse é discutível, mas assumo a minha fraqueza perante esta sociedade que em tempos foi minha adversária em lutas de adolescente e jovem adulta.
Agora sou uma "alinhada" na maioria das vezes. Sou-o porque amadureci em muitas coisas, porque mudei noutras e pelo peso social de algumas.
Já estou como a uf disse: "ser jovem é dar o coração ao Mundo" e esse dou com toda a certeza.
Beijos
:)

Arábica disse...

Fred,

seguindo os teus conselhos voltei hoje ao Yoga. Correu melhor. :))
Confesso que almoocei antes da 13 h. O dia de amanhã é uma incógnita :) talvez me doam todos os musculos(?)!!!

Se algum dia fores deus que sejas um maior. Tens é que ser original.
Tens que usar de toda a tua criatividade. Também, antes de te dedicares à ardua tarefa de seres deus, tens que analisar todos os custos e riscos. Com estas tretas da globalização e da internet as boas e as más novas correm rápido e ainda mais rápido ;)) pode haver quem te despromova a diabo, enquanto o velho diabo esfrega um olho ;)

Bom fim de semana, Fred.
Abraços e beijos (com fartura) para vocês.

Arábica disse...

Maria, desculpa!!
Julguei que ainda te tinha respondido a ti e só agora vejo que não! Conseguiremos! :))
Nem que seja com um Jabasulide (anti inflamatório milagroso, que tira todas as dores!!) :))

Beijinhos

Arábica disse...

Uf!

muito se deve sofrer depois de jovem, para já não se conseguir dar o coração ao mundo!

Quem me dera ter a juventude de Orlando Pineda, guerrilheiro militante de uma causa tão nobre!

Terei um espirito jovem, sim, não resignado e não conformista, mas a verdade é que os anos vão pesando, as hérnias acenando de quando em vez (o meu ortopedista diz que qualquer adulto maior de 40 as tem...mas...) e não é sem algo trabalho comigo própria que me proponho a sair.
Para melhor me convencer, analiso o estado de animo dos dias sem projectos, dos dias sem rumo.
E é aí que me convenço a mim propria a sair de casa.

Nada se faz sem trabalho.
:))

Ainda bem que foi a tempo de ver os supermercados "amigos" dos oceanos. Infelizmente o "meu" pd não consta da lista.

E ainda pecadora me confesso: gosto muito, muito, de jaquinzinhos fritos.

A perfeição é uma utopia, o que se há-de fazer?

Abraço, bom fim de semana!

Arábica disse...

Boa noite grande César!! :))

Eram muitas vezes, eram muitas as vezes, foram. Serão. :))

Beijinhos

Arábica disse...

Rosa,

que bom "ver-te" aqui, saber-te devagarinho a ler e receber o teu abraço de bom-dia!!! :)


Bom fim de semana, abraço em retribuição:)

Arábica disse...

Magy,

lá pela casa dos meus trinta deixei de sonhar. Ou por outra, julgo que passei a dar aos sonhos, o nome de projectos, porque tinha assim um carisma mais real e parecia de mais fácil realização.

Realizei muitos que depois, com o tempo, me pareceram descabidos.
E acabei por concretizar acções que nunca tinham sido projectos e que foram das coisas mais acertadas que fiz. Vá lá a gente perceber sonhos, projectos e realizações!

No entretanto, percebi que até para se sonhar era preciso ciência, sabedoria...
Agora, quando sonho, é porque o projecto já vai em fase adiantada e tornar-se-ia dificil voltar atrás! :)

Ora então se as olimpíadas se aproximam vamos lá a treinar todos os musculos, MagyMay! :)

Bons treinos! :)

E beijos, claro.

Arábica disse...

Coño Lizzie :))

então onde andam as meninas que dificilmente se calam? Onde Lizzie Zizzie? Já foram de fim de semana, foi? Deixaste-as sair mais cedo? Huuuumm :)) foram à pesca, pronto já percebi :))

Faz as perguntas se quiseres, que eu tentarei dar as respostas "à portuguesa" :) já sabes, do que a casa gasta: "uma farinheira argumento" um "chouricinho de sangue explicação", uma couve lombarda bem estendida :) e no fim, de meia duzia de feijões, meia batata e duas cenouras (sem contar com as variadas carnes) vinagre.

Fora de brincadeiras, tudo dependerá do feitio, do perfil psic. de cada um, mas muitas pessoas que procuram o Yoga trazem algumas dores corporais, cuja origem é "cardíaca". Julgo que tendo em conta os casos que já lhe passaram pelas mãos, a Alexandra, vai alertando, vai abrindo estradas para os que se iniciam.
Depois, dependerá deles, dar atenção ou esquecer.

Bom fim de semana, coño!
E um abraço, Lizzie.

Arábica disse...

Rosa dos Ventos,

és sim.

E tens, passo a passo, trilhado o abraço.

E eu gosto, tanto, tanto de ler-te

:-) (um sorriso) !!!

Abraço-te.

E que tenhas um óptimo fim de semana!

Arábica disse...

Demóstenes,

com muito trabalho, determinação, concentração e persistência, à mistura, sim!

Obrigada pela visita.

Um abraço e bom fim de semana.

Fernando Esteves disse...

http://faccioso.weblog.com.pt/arquivo/FLORES.jpg
???
Bolas!
Deus, não. Definitivamente. Só perguntava para onde vamos! Embora não me preocupe... Muito!
Diabo?
Agrada-me a ideia! Acho eu!
Calor...
Pecadoras...
Churrascada...
:)
:)
:)

Duarte disse...

Quando as palavras brotam com tanta facilidade é que aquilo que vivemos nos interessa e faz com que se soltem com avidez.
Captas o meu interesse em cada palavra, pois expressas aquilo que sentes, vibrações dum viver, teu, e isso interessa-me... somos amigos! Como aqueles comentários ao amanhecer tendo o Tejo como ponto de mira. Palavras maduras que obrigam à reflexão. Palavras amigas e meditadas.
O piano acompanha com precisão a narração.
Enche-te de vida, que o claro dos teus olhos não mude de tom, não te ficaria bem.
Não poderão connosco, nem os pensamentos inoportunos e menos o passo dos dias e o seu desgaste da vida, já o sabemos, e muito bem, que aqui estamos tão belos como sempre... cada dia que passa é um passo de gigante para a beleza interior, e o estimulo para os músculos que nos sustêm.
Abraça forte esse sofrimento ainda que doía, agarra-o bem: deixará de o fazer...

Um grande abraço carregado de energia... é que aqueles pasteis... dão vida!

Arábica disse...

Licínia,

obrigada. :)
As tuas palavras ( é uma caracteristica tua) são de grande sensibilidade e deram-me grande alegria. Obrigada, Amiga!!

(isto até pode parecer que eu vou para África!!!)

Mas realmente é a mudança de 90º que ainda faltava fazer. Para a qual ainda balouçava entre o "sim" e o "não" e o "talvez" e o "se" :))

É tão bom voltar a ter 15 anos :))

Um xi coração para ti, bom sábado.

Arábica disse...

Sandra,

para te responder tive que parar a pensar e a recordar os meus 3o e tal. Por acaso, foi uma fase onde familiar, social (esfera de amigos) e profissionalmente tb me senti muito bem e completamente inserida. Foram anos de muito trabalho, do qual se viam os frutos. Quando na altura olhava para trás, para os 15, também gostava de sentir o muito que tinha evoluído. "Alinhadinha" é cumpridora, responsável, atenta, cuidadosa? Se assim é, também o era, o sou. Depois, a vida mudou em todos os campos e houve necessidade de reformular tudo.
Por isso, estes meus novos velhos "15 anos" são recebidos de braços abertos. Estava realmente muito carenciada deles! :))
Cuidado com o "já tem idade para ter juízo" :)) as crianças que vivem dentro de nós não conseguem resistir, sobreviver sem um nadinha de falta de juízo! :)
Uma pitada, apenas qb. :))
Há faltas de juízo tão inóquas!
Mas que nos dão tantas alegrias!

Beijinhos, Sandra, é bom ter-te aqui connosco! :)

Arábica disse...

Fred

facciquê? :))

Eu não sei para onde vamos.
Vendo por mim, regredi 35 anos.
Não sei se estou a ir em frente ou se fui engolida pelo tempo.
Não sei. Sei é que estou a gostar da perspectiva dos dias que virão.
Sei é que estou a gostar desta minha nova fase de vida.
Ainda em Setembro aqui o disse: eu parti, mas raios me partam se sei para onde! :)

Um dia saberei.
Tenho tempo (espero).

Oh Diabinho está quase na hora do pão quente. Não fosse tão tarde e ainda te encomendava um leitãozinho no churrasco!! :)

Mais beijinhos.

Arábica disse...

Duarte,

realmente estava uma manhã soberba!
E os pasteis de nata, acabadinhos de fazer foram um bom pequeno almoço! :)
Tive imensa pena que não fosse possível a noite de fados prometida! Ficará para uma proxima visita tua.
Sim, amigo, conforme te disse naquela manhã havia "coisas" que ainda gostaria de experimentar um dia, e chegou a hora!
Vamos lá a ver como me porto! :)
E como se porta o pulso. Se ainda é firme ou se me deixa "ficar mal" (desiludida comigo mesma).
A neta vai ficar a ganhar, com certeza!! :))

Mas o mais importante é sentirmos alegria e prazer no que fazemos do nosso tempo, não é?

Os olhos, Duarte, serão claros e escuros conforme os momentos da vida que atravessarem.
Pois alguém ainda acredita em mares de rosas?
Neste momento, deverão estar clarinhos, clarinhos :)
E com soninho, já piscam!!


Um abraço para ti e
uma festinha para a tua Hanna!

Bom fim de semana!

Justine disse...

Todos os dias são dias de recomeçar. De ousar. De tentar, pelo menos.De aceitar as mudanças sem esquecer o que fomos.
Sei que tu és das que vivem esses dias, como o que descreves neste texto límpido.
Beijo de bom fim de semana

Alberto Oliveira disse...

... ioga, mulher ioga, que quanto mais iogares, mais os teus pensamentos estarão em outros lugares. Paradisíacos e cheios de outras gentes que nem os tendões sentes. E se assim não fôr, que deus te ajude, pois não dura sempre a juventude.
Amen.

beijos e risos.

AnaMar (pseudónimo) disse...

Conseguirás. Conseguimos.

Sei-o por experiência própria.

De uma sonhadora (militante/profissional) que sonha acordada, te garanto que conseguirás. E não é ousadia. É uma forma de estar na vida. VIVER, não sobreviver :-)

(Ou não fosse pura magia a poesia que imprimes às (tuas) palavras.

Bj

(Vai um chá de ...? Escolhe o sabor:-))

M. disse...

Gostei muito de te ler, mulher-menina. Ou será menina-mulher?
E que bonita é a expressão "abraçar o sofrimento"!

Duarte disse...

Tenho-a aqui ao lado, companheira inseparável quando estou em casa...
Como vai tudo? Diz-me que vai bem... mas não te ponhas metas muito altas.
Claro que iremos aos fados, não podes imaginar a ilusão que tenho!
Uma coisa é a cor que têm, e outra com a que olham...
Que a vida te seja fiel.
Bom fim de semana e um grande abraço

Duarte disse...

Tenho-a aqui ao lado, companheira inseparável quando estou em casa...
Como vai tudo? Diz-me que vai bem... mas não te ponhas metas muito altas.
Claro que iremos aos fados, não podes imaginar a ilusão que tenho!
Uma coisa é a cor que têm, e outra com a que olham...
Que a vida te seja fiel.
Bom fim de semana e um grande abraço

uf! disse...

hoje fui à vila e quem foi que eu vi, quem foi?
;-)))
Isso mesmo, as duas meninas «mai lindas!». Estavam com excelente aspecto e eu gostei de as ver.
bjs

maré disse...

acredito que sim.
é possivel ultrapassar o mais feroz sofrimento. ainda que não seja total, pelo menos capaz de nos segurar a vida com um sorriso

______

um beijo

Barbara disse...

Às vezes, melhor não perguntar tanto,pois o tempo é o melhor talismã.
Não sou apropriada prá responder, pois sou covardona!
(Não vê o comentário covarde que fiz?)

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

claro que conseguirás.

beij

Manuel Veiga disse...

gostei do texto. formalmente muito belo...

beijo

casa de passe disse...

minha Amiga, tristezas não pagam dividas.
para a frente é que é o caminho !

Um abração amigo da

Loulou

o Reverso disse...

abraçar o sofrimento. nunca me lembraria de dizê-lo assim mas é o que tenho feito sempre e resulta.
mas, nem sempre se consegue ir por aí. passo a exemplificar, aliás com o que me aconteceu há minutos atrás enquanto lia este teu post.

foi assim: lia-te e, como deixei acabar os pacotes do leite e estava com uma fome desgraçada, tinha aqui comigo a lata do chocolate em pó que, enquanto te lia ia comendo às colheres. não sei que volta dei à respiração mas, subitamente, o chocolate em pó invadiu-me tudo o que eram vias respiratórias e palato e, no meio da grande sufocação, enquanto pensava "pronto, é hoje vou ficar ingloriamente aqui", não abracei a dor: esbracejei, tossi, bati no peito mas finalmente a respiração começou a normalizar. com as lágrimas nos olhos pelo esforço e a aflição continuei a ler-te.

mas não, não a abracei. lutei com ela.

pois é as coisas mudam conforme a situação.

deixo-te um beijo.

ps-andei no mês passado com umas teimosas câimbras que se lembravam de me chatear a meio das noites e me faziam levantar uma vez e outra e outra. uma caixa de magnesium-ok já foi toda e isto agora anda bem.

o Reverso disse...

o comentário anterior é um bocadinho (só um bocadinho) idiota mas, dado o avançado da hora tem desculpa.

boa semana

o Reverso disse...

e também pela rescaldo da aflição.

Anónimo disse...

amiga arábica, eu acho que devemos abraçar, quer o sofrimento, quer a alegria. ao sofrimento damos um abraço estrangulante, à alegria um abraço que nos permita devorá-la.

marradinhas afectuosas, cá da felina.
(ainda não refeita das emoções da passada quinta-feira)

Arábica disse...

Justine,

começo por pedir desculpa do tempo de demora na resposta (a ti e a todos). Sim, não esquecer-mos a estrada percorrida (com a sabedoria que nos permita o desafogo emocional) é importante: por um lado faz-nos ter confiança em nós próprios e por outro, não nos permite esquecer quem somos.
Todos os dias é tempo de recomeçar, é bonito, Justine.
:)
Coração militante, esse!

Um abraço contente em ti.

Arábica disse...

Albertamente Legível,

o segredo é a alma do negócio: lá se foram as goleadas!:)

Yogo, yogo, rumo a zen ou a acapulco. :)

Amen para ti também, e abarcos, e risos.

Arábica disse...

AnaMar,

é verdade.
Sempre me foi dificil aceitar a sobrevivência alheia quando sentia nos outros, a possibilidade incrivel de mudança.
Em mim também.
Mas, há fases, talvez as iniciais, em que oferecemos resistência.
Eu, por exemplo, dizia, muitas vezes, erradamente, que não tinha pachorra para a depressão.
Mais não era que a falta de arcabouço psicológico para encarar de frente os problemas. Os factos.
Só depois de abraçar (aceitar) o que nos causa "sofrimento", podemos lutar, mudar, reformular o que está errado.

Ponho os olhos em ti e saúdo o sol.

:) Beijos meus.

Arábica disse...

M., minha querida,

a menina mulher ou a mulher que guarda a menina, uma delas, à tua escolha, abraça-te, sabendo que abraça a força, também.

Um beijinho.

Arábica disse...

Duarte,

cuidadoso e atencioso amigo, vai tudo bem: a cesta da roupa por passar, foi vencida. O pó desapareceu. E assim se inicia a semana: mochila pronta. :))
A Hanna e todos os cães em geral, são amigos fiéis. Mais do que a "vida" a maior parte das vezes.
Também com o imponderável temos que contar, seja ele, destino ou fado.

Vi ontem, já muito tarde na tv, uma entrevista com a Mariza, onde ela dizia ter estado na véspera na Tasca do Xico, esse sitio que eu acho tão engraçado pela diversidade de rostos e rotas cruzadas que ali se vão encontrando. Já lá não vou há uns meses. Uma noite havemos de ir. Quem sabe este grupo se junte lá à tua volta? :)

Beijinhos e uma boa semana para ti.

Arábica disse...

uF!!

:) Ai que saudades eu tenho sempre das minhas meninas bonitas!!:)
Ontem falei com ambas de "manhãzinha" :) tipo meio dia! :))
È complicada a distância, a fome delas, dos risos. Mas ainda estivemos todas juntas cá em casa há menos de 3 semanas!

Um abraço, boa semana!

Arábica disse...

Maré,

obrigada pela afirmação de esperança, ainda que contida, ainda que. É isso. Não haverá nunca totalmentes, não depois de se ter vivido -sentido- muito.
Mas haverá um sorriso.
Onde nos agarramos para traçar o abraço.

Um abraço traçado para ti.

Arábica disse...

Bárbara,

mas não é humano ter dúvidas, perguntar, questionar, partilhar, com os outros?
Eu tenho sempre tantas perguntas.
:)
Um abraço e que os nossos tempos sejam talismã anti-cobardia, sejam talismã de força!

Arábica disse...

Obrigada Piedade, pela confiança.

:)

Arábica disse...

Obrigada Herético.

Um abraço de boa semana para ti.

Arábica disse...

Loulou,

essa frase lembrou-me uma das situações mais curiosas de que me vi protagonista: um dia fui a um cabeleireiro (eu q raramente vou) para cortar o cabelo e a menina que me atendeu, chorava copiosamente. Fungava, assoava-se, pegava na tesoura, voltava a pô-la no bolso e voltava a assoar-se.
Eu, nos meus 20 e tal anos, sem saber o que dizer, disse-lhe exactamente isso: não esteja assim, vá lá, tristezas não pagam divídas. Ai, Santos Deus da Minha ALma o que eu lhe fui dizer!! Engoliu as lagrimas, retorceu as feições e com ar de despeitada zanga, respondeu amarga: quem é que lhe disse que eu tinha dívidas, quem??? que descaramento!
Olha que pouca vergonha!

Eu, sumida pela cadeira abaixo receei que a tesoura se cravasse no meu pescoço. Vieram as colegas que lhe explicaram que era um ditado popular, apropriado para a situação, pedindo desculpa levaram.na para o gabinete das depilações.
Foi a patroa que me veio cortar o resto do cabelo, com mais vinte pedidos de desculpa.
Nunca mais disse esse dito popular a ninguém. Pelo menos a alguém, com uma tesoura na mão.

Eu não tenho tesouras :))
Só palavras e memórias :))
Beijinhos, LouLou :)

Arábica disse...

Trili,

com um sorriso de contente por teres esbracejado. Por não te teres ficado inglóriamente pela leitura e por aqui. Como seria se não tivesses lutado? Viria, depois, o teu fantasma pedir-me, explicações ou indemnização? Ainda que fosse uma doce morte, é certo, achocolatada...

Mas é certo o que dizes: quando o sofrimento cresce e nos sufoca há que fazer tudo isso... E bater à porta de casa do "vizinho", se preciso for! Tudo é válido para não morrermos sufocados!

Não encontrei qualquer idiotice entre as microscópicas farripas de pó de chocolate.
Encontrei sinais de luta e um beijo deixado por ti.

Outro para ti.

PS- vou hoje ao magnésio. Para já estou contente porque desde 5ª feira não as tenho (comecei a friccionar as pernas antes da aula e das caminhadas com alcool canforado). E treino após treino tem vindo a revelar-se bom: os musculos deixaram de refilar no sábado.

Boa semana :))

Arábica disse...

Idun,

gatinha sábia!
Como ter forças para abraçar o sofrimento se não abraçarmos as alegrias paralelas que o coração vai teimosamente encontrando?
Prometo ir ler-te hoje à noite para tirar a limpo todas essas emoções! :)

Que poderei eu aprender com uma gata apaixonada? :)

Abraço no abraço à Humana, marradinhas expectantes na leitura, para ti :))

Lizzie disse...

Ó,ó,ó Arábica:

Mas eu brinco muito mas como adulta, não como menina. Há uma grande diferença entre infantilidade e o aproveitamento, para brincar, da experiência que se tem.
E, por aquilo que vejo, não há nada pior para os próprios e para os outros que um adulto com comportamento infantil ou infantilizado. A mim,pessoalmente, irritam-me.

O que está errado é as pessoas pensarem que não podem dançar, pintar, rir, ironizar COM A IDADE QUE TÊM, aproveitando-a sem nostalgias.
Há coreografias que tiram partido das artroses e valorizam, por exemplo, a expressão.É só um exemplo. Têm direito a isso.E não se sentem "meninos".

Não é a ti que vou fazer perguntas.

Sempre te digo que para ajudar pessoas tenho mais confiança em gente com formação credenciada para isso. "Ler" avulso não é nada.

Só digo que essa de "abraçar o sofrimento" pode ser perversa. Ninguém é juiz em causa própria. Se calhar é mais útil ter uma opinião terceira ou segunda que lhe diga mesmo aquilo que, às vezes, não quer ouvir.
(Não se ajuda uma anoréxica a dizer-lhe: ai coitadinha, parece-me que estás mais gorda)

Na auto-análise a pessoa pode pensar-se vitima quando pode, de facto, ser carrasco.Como não sai da sua esfera, só tem uma visão da coisa. É natural.
Ex:Conheço um casal cuja mulher passa a vida a "abraçar" os seus sofrimentos. É infeliz porque o marido se "fecha" (palavras dela). O filho também é um fechado. A nora é um cofre. Quando falo com ela, viro múmia.
Ainda não percebeu que é patologicamente possessiva, autoritária, claustrofóbica e enfim, outras coisas... e que o marido não tem direito ao seu espaço e porque ela quer 24 horas de atenção. Um inferno.

Ela "abraça-se" imenso só não percebeu que é egocêntrica. E que os outros reagem as egocentrismo, afastando-se. Tal coisa fá-la sofrer mais ainda.Um abraço cada vez mais circular.Eu, eu, eu,eu.

Por acaso tenho, há vinte e tal anos, um amigo que é egocêntrico: ele avisa toda a gente que é. E fartamo-nos de rir com isso. Até já dediquei post.

Também há casos manhosos em que o sofrimento é utilizado para outros fins estratégicos... Em homens e mulheres.

Resumindo:a luz e a sombra são faces da mesmíssima moeda.

E de facto quando a pessoa se engasga é melhor tossir e seguir em frente:)
Quando se fica parado, perdem-se os comboios porque o tempo não volta para trás.

Tudo isto não passa de opinião estrangeira:))
Claro que não quer dizer que esteja certa.

Enfim,fico-me por aqui.:)

Boa semana.

Arábica disse...

Lizzie,

eu convivo há quase 5o anos com uma mãe egocêntrica, sei do que falas. Só muito recentemente aprendi a gerir de forma saudável a transmissão em cadeia que se gera de uma conversa com ela.
Ainda ontem. Mas, felizmente já tinha utilizado o alcóol canforado.
Deu para ginasticar.
Deu para chegar a uma posição de perfeito equilibrio.
Dizes tu que são opiniões estrangeiras e não vejo nada de estrangeiro nas tuas palavras.
Observa o que no comentário ao nosso amigo Trili eu digo: Em caso de sufoco bater à porta do "vizinho". Aspas importantes.

E claro que concordo contigo na idade e na dança de movimentos: a minha primeira aula de Yoga, há três anos, era formada por sexagenárias que me transmitiam uma beleza de movimentos inspiradora. Tanto as admirei em silêncio!

Voltando à mensagem da Alexandra, sinto-a como um convidar à verdade, à transparência pessoal, nestes tempos em que parece convidativo e sedutor vestirmos-nos de uma euforia falsa, de uma euforia verniz, que não é real.
Sei que muitos dos de sucesso andam mascarados por medo. Por isso compreendo desta forma a mensagem da Alexandra: um convite à verdade, para depois, de forma natural e até por instinto natural de sobrevivência, mudarmos o que na nossa vida, no nosso pensar e no nosso sentir está errado.

E não esquecer: nunca podemos mudar os outros, só a nós próprios.

Abraços e beijos já com o relógio no pulso :)

Até logo que não posso perder o comboio :)

Unknown disse...

mas é isso mesmo

É pelo sonho que também vamos.

Uma das escolhas mais felizes para nome de empresa corresponde à YDREAM, do sector informático. Um sucesso a nível internacional.

Quem alguma vez esquecerá este nome?

O teu texto está excelente por relatar com rigor o que se pode e deve fazer; o que se deve e pode evitar.

Bjs

mdsol disse...

Q. Arábica

Passo para deixar um beijinho. Ando sem tempo, mas a ficar com muitas saudades...
Beijos

:)))

augusto, um entre mil disse...

É uma grande verdade que nada é imutável (pelo menos eternamente) e, sonhar acordado é muito bom...

Humana disse...

com que então, botella e alfombras! :)))))

o teu comentário e o da justine fizeram-me rir, logo pela manhã.

abraço grande

uf! disse...

ao sul o sol continua a brilhar - e para baixo todos os anjos ajudam. Que tal apanhar um comboio para juto de uma praia ao sul?
bjs

Mar Arável disse...

Sempre a rasgar


infinitos que trazes nos olhos

Arábica disse...

Obrigada, Zé Duarte.

Realmente é um nome que dificilmente nos escapa.
Também deve ser interessante do ponto de vista dos que lá trabalham, todos os dias, se sentirem desafiados ao sonho.
Precisamos tanto de estímulos!

Um abraço.

Arábica disse...

Solinho,

tenho sentido a tua falta, embora eu própria esteja a ressacar de falta de tempo!

Ter saudades é um bom indice :)

Beijos, bom dia!

Arábica disse...

Um,

a eternidade é demasiado tempo para nós, tão perecíveis...
Talvez por isso, o sonho ainda seja mais importante.

Arábica disse...

Humana

pois ainda bem que começaste o dia a rir! :) Eu hoje comecei o meu a lembrar-me do quanto esta casa pode ser fria no inverno: ai este primeiro frio outonal!

Bons dias para ti, beijos.

Arábica disse...

Uf!

...porque não?
Assim como assim, o térmostato anda mesmo avariado! :)

Beijos

Arábica disse...

Mar,

eu gosto de rasgar.
:)

Beijos

alexandrecastro disse...

Textos há que “devem ou têm “ que ser lidos suavemente…
Lendo, meditando…acariciando sentimentos!
Beijinho
alexandre

O Árabe disse...

Conseguirás, amiga. Mas é preciso, sim, conviver com o sofrimento, para que melhor possamos aquilatar a felicidade. Boa semana, fica bem!

Blog Dri Viaro disse...

Bom dia!!
Vim conhecer seu blog, e desejar bom fds
bjsss


aguardo sua visita :)

Arábica disse...

Alexandre,

obrigada.

-por esse olhar-.

Beijinho

Arábica disse...

Árabe,

também por isso, mas principalmente para se ter consciência da mudança, do pequeno desvio que podemos fazer no azimute das nossas escolhas.

Um abraço para ti.

Arábica disse...

Dri,

obrigada pela visita, que já retribui.

:) beijos

Duarte disse...

Concordo com o que dizes.

Parece um sonho, mas também sei que se tu queres pode ser uma realidade, vamos a ver se o podemos concretizar... faz-me muita ilusão!

Um grande abraço, pleno de afecto

Nina Owls disse...

abraçar o sofrimento. Ponto. Ousadia de olhar e/ou sentir. Outro ponto. Respirar fundo. Continuar no processo de (re)conhecimento de nós mesmos e aproveitar e saborear todos os momentos capazes (ainda) de nos emocionar(mos). Ponto. Reticências. Somos jovens para sempre.

Li ontem algures uma citação sobre sofrimento. O que custa no envelhecer não é a idade ou a velhice mas a juventude que temos ainda. Acho que concordo. Bom fim de semana. Ainda que de longe a longe, os teus textos são monólogos que podemos ler onde quer que seja, têem sempre um pouco de cada um espelhado

Arábica disse...

Duarte,

muitas vezes pensamos ser livres e ser possível fazer do nosso tempo o que mais queremos...ousar consegui-lo é já por si mesmo, uma grande batalha. Conseguir, será a vitória.

A alegria não reside na meta, mas no caminho...
Conseguir conciliar tudo.
Conseguir tempo e equilibrio :)

Um abraço.

Arábica disse...

Inner,

"O que custa no envelhecer não é a idade ou a velhice mas a juventude que temos ainda"...

Não fosse ela, a juventude, e não nos queixaríamos, não sentiriamos a falta, não resistiriamos à marcha do tempo em nós...


Sim, também vejo muitos dos meus textos como monólogos. Até que chega o primeiro leitor e passa a diálogo.

Com todas as nossas diferenças, com todas as particularidades que nos tornam únicos e especiais, somos também o outro e o outro, é muitas vezes nós, também.

Será que isso, essa descoberta do outro em nós, nos pode ajudar a sentir menos só? nos pode ajudar a sentir o alento da companhia na viagem?

Obrigada por me leres e tb tu, teres transformado um monólogo num diálogo. :)

Um beijo e votos de um fim de semana muito bom para ti.

Alien8 disse...

Arabica,

Claro que conseguiremos!

E um bom queijo fresco com fatias finas de pão saloio ajuda bastante, apesar do que diz a Alexandra... Eu explico: a dor existe, o petisco ajuda-nos a esquecê-la. Como os sapatos apertados, dizem, ajudam a esquecer dores de alma.

Abraçar o sofrimento... enfim, enfrentá-lo sem exageros, questioná-lo mas, sobretudo, não lhe dar confiança, ou ainda acabamos mergulhados num monólogo (não é realmente um diálogo) que pode levar a depressões e estados de enorme pena de nós próprios.

Percebo o olhar líquido: Deve ter sido um espectáculo magnífico - e quando se está de algum modo envolvido... pois...

Um grande abraço, para compensar o atraso.

Afranio do Amaral disse...

Sou Afranio do Amaral, e morro e renasço para seguir fugindo de mim.
Cumprimentos.