segunda-feira, outubro 26, 2009



Semana ingrata, esta última.


Não fossem as breves {mas cheias de calor humano} interrupções e diria:


"passei os dias a observar -em mim- a pasmaceira dos velhos e cansados cães, sem fome".

40 comentários:

Maria disse...

Para uns ingrata (um abraço) para outros nem tanto...

Um beijo, com ternura

Fernando Esteves disse...

"passei os dias a observar -em mim- a pasmaceira dos velhos e cansados cães, sem fome".

Ora bolas!
O que é que isto quer dizer???
Espero que não estejas a merecer uma palmada "psicológica"!

Valho-nos os "Dire Straits"...

Arábica disse...

Maria :))

já que não foi ao vivo, aqui fica virtual outro abraço para ti!! :))

Grandiosa "aquela" interrupção na minha pasmaceira!!! :))

Na fome dos outros, saciamos a nossa, Maria.

Abraço, sempre.

Arábica disse...

Oh Fred, oh sr.treinador, palmadas psicológicas em mim não, se faz favor. Tenha a fineza de não me treinar, que os musculos andam fustigados. :))
Tudo demora muito a acontecer, Fred. Eternidades cheias de contratempos. Penso: poderia eu sair, leoa esfomeada em busca de sustento? Analisando todas as frentes, sei que não. Resta-me afagar a leoa, guardá-la no roupeiro e vestir a pele de cão cansado e velho, sem fome, à espera de um outro tempo (dias contados, semanas contadas).
:))

Mais descansado??? ;))

Laura Ferreira disse...

Eu gosto de me sentir pousada, às vezes.
É bom e reconfortante.
Depende onde pousamos e como pousamos...

Manuel Veiga disse...

"Cão, como nós" é um excelente livro...

beijo

Anónimo disse...

Posto em sossego numa bela pousada, parece-me aliciante.
Bjs

Lizzie disse...

Eu aqui a mastigar um relatório minucioso que tenho que escrever, daqueles que nada trazem de novo, não dão beleza nem pensamento a ninguém, frios como aço enterrado num iceberg que não tenho vocação para conhecer e muito menos explorar,

bem que me apetecia uma dose de ausência que roçasse o tédio. Mesmo aquele que tanto se usava no séc. XIX: o longo bocejo face à utilidade e necessidade de qualquer acto.:))

Mas, se calhar, como a maioria dos que aqui te visitam, contra a minha fome e a fome de outras pessoas, pago o preço: relatórios-e-outras-pouco-gratificantes-encomendas, com depósito bancário certo ao fim de cada mês.

Enquanto vou lá fora, deixo a alma meter as mãos nos bolsos e vaguear. Anda vadia no tempo de duração de um cigarro.

Rosa dos Ventos disse...

Muito enigmático!
Mas gostei da Pousada! :-))

Abraço

Justine disse...

As pousadas podem ser lugares magníficos para descanso e reflexão. Vá, tocánimar!!
Um abraço bom

Fernando Esteves disse...

Mais descansado!
(pelo sorriso aberto)

Mas, sinceramente, depois de tantos anos sem te ver, confesso que tenho muitas dificuldades de "te ler nas entrelinhas".

Desculpa a ousadia mas acho que deviamos beber um café um dia destes. :)

Ops! Convite público :))

Fernando Esteves disse...

Já agora,
tenho um link do teu blog no meu.
Espero que não te importes.
Desculpa "disparar" primeiro e perguntar depois!
:)

Arábica disse...

Laura,

estava bem pousada, mas muito pesada. Com o peso assustador dos dias. Os dias querem-se trincados com entusiasmo, com "fome". Percebi que tenho demasiado entusiasmo para os dias que correm, lentos. :)

E eu gosto muito de pousar neste meu sitio, mas com outro estado de espirito! :)

Beijos

Arábica disse...

Heretico

é um bom livro, sim.
Mais um dos bons livros escritos por Manuel Alegre.

Abraço

Arábica disse...

José Duarte,

também me parece.
Mas não era o caso.
E às vezes apetece desassossego.

Um abraço.

Arábica disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Arábica disse...

Lizzie,

cá para mim que já não me lembro muito bem dos extensos relatórios com números e datas, se te oferecessem uns dias de bocejo (mesmo esse vindo envolto em nevoeiro desde o séc XVIII ou XIX) arranjarias muito rápidamente forma de os despertares. Viriam os chás e os scones em primeiro lugar e para abrir caminho. Depois, uns ramitos de árvore te haveriam de fazer imaginar árvores em locais pouco habituais, mais tarde seria um simples pano branco a irrequietar-te o espirito. Uns limões à mistura numas ameijoas por comprar. Uns lápis. Uma janela.
De que falávamos nós? Ah! de bocejos...!...de tédio...!!

Pois que não, que não te é, nem te há-de ser permitido o tédio, disseram-me os três patos brancos hoje encontrados...imagina, no café bar da Lisnave, ali na outra banda...ainda com tempo, perguntei-lhes o que faziam eles ali. Pois que estavam no estaleiro (leia-se pensão asseada com águas correntes) a prepararem-se para o longo caminho até ao lago desejado.
Cansados de linhas férreas, dizem que desta vez, a viagem será maritima...

Ah! há com cada pato mais louco!!

:)) beijos sem bocejos!

Arábica disse...

Rosa,

o enigma das horas vazias.
Tudo o que é demais cansa:))

Numa pousada a sério, não me sentiria assim :))

Beijinhos!

AnaMar (pseudónimo) disse...

Pousada, desde que em paz.
Pousada em arritmia.
Pousada em aceleração.
Pousada da ...felicidade.
Um beijo pousado no aroma de um lote de café soberbo.

Arábica disse...

Justine,

hoje animei! :)
O rio, quase ao fim da tarde, estava liso, diria adormecido.
Havia uma neblina translúcida. O sol pálido, que a adornava de um prateado brilhante, iluminava tb colinas a casarios. O cheiro da maresia, chegava puro, sem mácula de óleos ou outras maldades.
Uma das travessias mais bonitas, que me lembre.

Como dizia Gedeão? :))

Um abraço grande !:)

Arábica disse...

Fred,

habitua-te: eu quando estou triste, estou triste. E quando faço assim :) é porque a tristeza passou ou estou a tratar de a eliminar. :)

Habitua-te: ainda não me convenci que devemos dar sempre aos outros a impressão que estamos bem, "na maior" ;). Pelo menos aos amigos, não o consigo fazer. E aqui, sinto-me entre amigos (o aqui é extensivo aos blogues dos que me visitam e que eu visito e que fazem parte, tal como tu, do tal "calor humano").

Assim, este blog, além de estar a maior parte das vezes fora de contexto ;)) também tem, como a sua autora, estados de espirito, que mais cedo ou mais tarde (para teu descanso) serão explicados. :)
Ou não. Sei lá, às vezes sim, outras não. Não domino a escrita, percebes, amiguinho?:) é a escrita que, caprichosamente, me domina a mim. Para o melhor e para o pior.
Fiquei triste porque esperava que uma série de novas actividades tivessem inicio a semana passada e não tiveram.
Até comprei pilhas novas para os relógios :)). Ainda assim os ritmos não coincidiram (acho que as minhas pilhas, por defeito de fabrico, são muito aceleradas).
Bom, esta semana parece q por fim, um dos relógios acertou o passo. :)

Ousadias. Ousadia um convite público para um café público? :-D
Ai, ousadia eram os matrecos, os matraquilhos de há 20 anos ao som dos "gemidos" da Samantha Fox. :)) E os submarinos.
Como era feito? Uma girafa e um cognac? Bebi um (acho que não consegui beber até ao fim) e jurei para nunca mais! :)Ousadia eram aqueles bolinhos de chocolate, onde em vez de casca de laranja, punhamos sabão! :))azul e branco, para que conste.
Cá vos espero. :))
Têm o meu número, "bora lá."

Links. Ok. Para ti também. :)
E um abraço.

Arábica disse...

Ana,

tantas vezes pousamos,
tantas vezes repousamos
e tantas vezes...ousamos!

Será do café?
Será deste amarelo açafrão?

Gosto de te ver aqui.

Beijos

Anónimo disse...

há dias assim... o cão lost que o diga!
mas também há os dias cheios, a trazerem um brilho novo ao olhar.
pede-me a Humana para te transmitir que tem passado por cá, sim. umas vezes, ainda não tinhas regressado de férias. depois,esteve a apreciar o belo slideshow e ainda pensou em beber um café. mas sabes como é: "logo, venho aqui, para comentar". e o tempo vai passando...

eu é que tenho andado com a cabeça nas nuvens, à conta de uma paixonite que não me larga; e a Humana, nestes últimos dias, meteu-se naquela maçada do xécape, não sei bem o que isso é, e só digo que é uma maçada porque ela assim se refere a essa tal coisa.
voltaremos, com mais disponibilidade para aqui deixar palavras, quando a situação se normalizar.

marradinhas da bicharada, um abraço da Humana

Teresa Durães disse...

ah! sei o qu é isso. é deixá-la passar!

MagyMay disse...

Deveria deixar aqui umas palavritas animadoras tipo,
... o céu é azul... há rios e oceanos... o Sol existe dentro de nós... e mais uns patátis, patatuás.

Mas carambas eu estou qual animal a lamber feridas!

Virá o outro meu/teu lado... não sei é se é o lado do direito ou o do avesso.

Viramo-nos sempre, porque temos olhos da cor do arco íris

Beijo

(reli, devia reformular a escrita???...talvez!Mas nada como um bom desabafo mesmo que sem direcção)

Mais, outro beijo

Fernando Esteves disse...

MagyMay,
Que as feridas sarem depressa, sejam elas quais forem...
---
Um desabafo pode sair sem direcção e ser levado em várias direcções pelo vento; pela luz, cor e pensamento...
Estou convencido que chega sempre ao destino... mesmo que a gente não saiba que chegou ou se tinha destino...

Quê???

Bolas, nem eu sei!
:)

Sei que há coisas que me fazem andar (pensar), escrever...
Bom mote para pintar mais umas palavras que já estão por aí a pairar!...

Já agora, o lado do "avesso", ele próprio pode estar convencido que é o lado do "direito"!... Não?
:)
Bom dia!

MagyMay disse...

Arabica...olha eu a usar o teu espaço para deixar uma palavrinha ao Fred. Desculpa!...palavra de escuteiro, que é só esta vez

Fred

Agradecida pelo conforto, soube-me muito bem, podes crer!
E já agora, que aqui ninguém "nos ouve" vai um segredinho meio para o desabafo,
... para mim é inquestionável que tenho o lado direito e lado avesso, mas......
(o safado do mas...rs) não sei é se o meu lado do direito é o do avesso ou se o do avesso e o lado direito...
... mulher complica, não é? :)

Obrigado.
Tem uma boa tarde

Arábica disse...

Idun,

espero que tivesses visto o paté especial para gatas bonitas, que ali estava a um cantinho, protegido de moscas! :))
Então a paixão anda no ar do jardim, Idun? :)
Logo, logo, a Humana estará livre dessas maçadas e poderá dedicar-se às "massadas de peixinho" que tanta alegria vos dará!!

Logo, logo!!

Festinhas, ronrons e abraços!

Arábica disse...

Teresa,

pois...deixar passar...que mais se poderá fazer do que esperar que os astros se alinhem nos ponteiros do meu relógio?

Contente pelo teu regresso!

E como não gostas, não deixo beijinhos nem abraços :)) Ou deixo? :)

Arábica disse...

Magy,

ah essas palavrinhas que queremos mágicas para os outros, sabendo pelo nosso próprio avesso o quanto por vezes são desnecessárias!

És teimosa como eu?
Se fores, sabes perfeitamente bem, :) que não há palavras que animem o azul. Tem que ser o azul a nascer por dentro do avesso e a direito, rasgando os cinzentos dos dias...das feridas...pois, se fores como eu, qualquer manifestação de "peninha" iriçar-te-à os pelos!! :)

Não têm que pedir licença para troca de mimos, o balcão do café é comprido, mas a acústica é óptima, ouvimos-nos perfeitamente todos :))

Estejam à vontade para se descomplicarem e para o café da tarde! :)

Beijos

Arábica disse...

Fred,

menino bonito! :)

Satisfaz-me ver-te à vontade e descomplicado num "meio" desconhecido para ti até há poucos dias! :)

E diz-me, ajuda-me nesta dúvida que se arrasta há décadas, as mulheres são complicadas?

Ou apenas para alguns homens?
Ou apenas algumas mulheres?
Ou o ser complicado não depende do sexo?

Tudo o que é complicado é profundo?
Tudo o que é profundo poderá parecer complicado?

De que cor é o fundo do mar? :)


Beijos

Fernando Esteves disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernando Esteves disse...

Arábica,
Puxa de um cigarro…
(acende, claro… e dá umas passas!)

Gostava que lesses o que vem a seguir
Só depois de veres a foto que está no link:

http://araposa.files.wordpress.com/2009/06/sorriso.jpg

OPINIÕES:
Uma dúvida que se arrasta há décadas?
Como é possível se acabaste de fazer 18 anos?
Não compliques…
As mulheres não são complicadas. Nós, os homens é que não sabemos ler e interpretar o “livro de instruções” que diz como vocês funcionam!… Os poucos homens que vos entendem, são mentirosos. Ser complicado não depende do sexo, é verdade… depende da falta dele!
(Isto é boa disposição e não machismo)

Um pouco mais a sério…
MAS AINDA OPINIÕES:
O “complicado” é uma fina capa que está por cima da simplicidade…
Essa capa é extremamente fácil de quebrar mas quase nunca fazemos um esforço digno desse nome. E se o fizéssemos mais vezes, deixava de ser esforço e passava a ser uma coisa natural… até que deixaria de haver capa…

“Tudo o que é complicado é profundo?
Tudo o que é profundo poderá parecer complicado?”

Grande debate que isto pode dar. Vou simplificar. Para mim:
- A simplicidade é profunda. Como podemos saber se se o complicado é profundo?
Não quero complicar mais!
Até porque, complicado:
- Difícil de resolver ou fazer.
- Enredado.
- Entrelaçado.
- Envolvido (como cúmplice ou participante) num delírio.

NOTA EXTRA: O fundo do mar é claramente cor de rosa. Não compliques
:)

MagyMay disse...

... quanto ao teimosa, vou simplificar,
Sou!

... crescem-me as orelhas, esbugalham-se-me os olhos, as narinas dilatam… com o “plástico”!

Beijo, bom descanso

Duarte disse...

Palavras breves mas com uma enorme carga emocional.
Espero que consigas, a curto prazo, sacudir-te esses intemporais que te fustigam, são ventos inesperados que nos deixam marcas indeléveis, ou não tanto, mas convém seguir com passo firme e decidido.
Amanhã será um grande dia: pleno de paz
Recebe um chi-coração e beijinhos

Arábica disse...

Fred, ficas sempre tão bem nas fotos! :)
E verdade seja dita: os teus sorrisos continuam contagiantes! :)

A maravilhosa alegria das coisas simples, da simplicidade, é por vezes tão dificil de descobrir e sentir, na complicada teia de que somos cúmplices, a vida.


Ousadia é não desistirmos.

Acho que me apetece falar (escrever) sobre essa ousadia.

Vou comprar cigarros :)

Arábica disse...

MagyMay

:)) muito bem representada a imagem! Sou assim também :)

Vai um cigarro? Ou um café? :)

Arábica disse...

Duarte,

sacudidas estão.
Mas tenho a consciência -nitidamente e sem deixar margem para dúvidas, que sem projectos que nos apaixonem, sem os ver postos em prática, sem a vivência do realizar do que foram no passado sonhos, não sou, não fui, não serei mais do que um cão, cansado e abatido, sem fome.

Há que procurar, há que escarafunchar (como diria o meu amigo Zé)no passado, no presente e até mesmo no futuro, motivações para seguirmos em frente.

Abraço até aí, de luz e de sombra :)

Duarte disse...

Quero ver a luz dos teus olhos, e se humedecem tampouco é mau... de alegria.

Beijo-te

M. disse...

Pousada na espera... :-)) Olha que isso não é mau de todo, é porque há promessas no horizonte...