Iluminam-se lentamente as ruas da minha cidade,
na penumbra da tarde madura de aromas...
E mesmo nos páteos mais escondidos,
entram agora reflexos,
no tempo esquecidos...
[ pedras gastas que brilham
no aguaceiro inesperado ]
Nas janelas adivinham-se
flores em vaso,
margaridas teimosas,
que não naufragaram em terra...
[ cegas ao frio do longo inverno,
ainda murmuram pueris primaveras ]
E enquanto as clarabóias alvoraçadas,
dançam na magica esfera dos ventres de nuvem,
a cidade, lentamente, vai-se iluminando...
Música: At First Light, Silge Neergard
29 comentários:
Tu és a
LUZ!
V.
________________beijo-te.
assim na dança do tempo. que nos persegue e enleia...
Belíssimo poema.
A luz e a sombra a definirem o espaço identidário.
Gostei!
Bjs
O que disseste sobre "os dias" é perfeito e tão bem "arrumado" no pensamento. Obrigada
Olhar donde vem a luz, como por esta clarabóia.
Bjinho
Belo jogo de luz e de palavras a cruzarem-se entre o céu e a terra.
{ obrigado pela visita ao Mercado onde estarei sempre à sua espera } { é livre de o fazer, mas teria muito gosto que visitasse o blogue, escolhesse um azulejo e fizesse os comentários-legenda que entender }
Arabica,
Ora aqui está uma belíssima pequena dose! :)
Gostei muito das clarabóias por onde passaram as tuas palavras, e das palavras que passaram pelas clarabóias. E assim se (re)inventa a cidade.
Um beijo.
Belissimo tributo a Lisboa.
Palavras com tons de luz.
Fica bem
A tua cidade ilumina-se. Tinha guardada uma reserva de primavera. Musical esta publicação.
Um beijo.
e nos edifícios espelham-se histórias de outros tempos.
(podes passar-te à vontade! para isso existe a caixinmha dos comentários!)
Lindo poema, caminhamos conduzidos por cheiros e sensações táteis. A sinestesia em favor da arte.
beijos ternos
a cidade que habitamos, a cidade que nos habita.
a minha Humana disse-me que eu havia de gostar de conhecer este espaço. e que existem laços que vos unem, sim. pelo menos, os das palavras de cesariny, também por ela amadas.
marradinhas amistosas
Gostei da leitura e do aroma que o texto vai exalando...
Inventam-se passos vadios nestes dias molhados, a reflectir a luz de um circo sem parança.
Vai-se andando, conversando para dentro o que os olhos vão teimando em ler, como as margaridas vão resistindo ao fim das primaveras.
As clarabóias são fugas dos segredos das luzes. Como uma janela ao fundo de um corredor escuro.
Quando chove fica-se com a alma lavada. Como se se acendessem todos os sóis em pleno inverno.
Ou quase.
Beijinhos
este laranja é tão lindo.
gosto desta cor..............
leva-me para outro sol...outras paragens..........dunas..........
jocas maradas de luzzzzzz
tantas luzes.
tanta luz que vai enchendo a cidade.
tantas vidas escuras que enchem a minha cidade.
tantas vidas apagadas.
Gosto de gente que gosta de pormenores.
a nossa bela cidade.
um magnífico poema, o teu.
beijo azul
jorge vicente
Que poema lindo!
Blog maravilhoso!
Beijos.
Obrigado pelos votos expressos no meu blog de poesia.
Perfeitamente iluminado.
http://desabafos-solitarios.blogspot.com/
por momentos revi e revivi a minha outra cidade.
gostei do que li.
orbigada!
fica um beij
Mais um blog que acabo de descobrir e estou deveras impressionado, também...
Fotografia, escrita, cor e até o display e a musica estão optimos.
Quanto ao poema, minha cara, as tuas palavras são como pedras gastas que brilham no aguaceiro... eu acrescentaria, que o tempo lhes traz a história, que os anos que lhes escondem a memória.
Amei
Bjos daqui
Pierrot
em pequenas doses se
te
acenda,
laranja (
~
são carinhosos os comentarios deixados pelos teus amigos.
alguns ja os conheço de outros blogs.
mas tu mereces so pela simpatia que deixas no meu.
beijinhos
sempre gostei de clarabóias, da luz que deixam passar.
sempre gostei de margaridas, da forma esguia das suas pétalas.
e gostei das tuas palavras.
obrigada pelos votos
abraço
luísa
dançando à chuva. sempre...
e assim se ilumina(m) a(s) rua(s).
gostei do poema. muito
beijo
Um entardecer da tua cidade e em tão pequenas doses que nem dei pela noite chegar.
Beijo.
... depois de tudo o que ficou (des)escrito só me ocorre perguntar-te
"A menina dança?"
(lá estou eu a correr riscos desnecesários; o que dirá ela quando lhe pisar os pés a cada passo?)
sorrisos de mau dançarino.
Lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
minha arabica preferida
estou em falta eu sei..
mas prometo compensar. Deixa-me entrar neste espírito contigo.
E tu já és toda luz!
Beijo grandeeeeeeee
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