Na aresta escondida do pronome
existe um instinto possessivo alarmantemente ganancioso
de necessidade territorial.
O pronome guarda no seu avesso,
uma âncora de ferro,
vulgar e ácidamente temporal,
à mercê das correntes subterrâneas do "eu".
Na tarde, sem espelho que me devolva sorriso, careta ou resposta,
ainda me debato na associação de ideias:
-quando será o pronome tão sómente, pronúncio de afecto?
-quando será que alguém o deve teimar, sem aceitar a censura?
[ não importa que não seja meu,
de alguma forma -ainda que estranha a convenções,
liberdades individuais, destinos, sinas, corpos ou posses, é "meu" ]
Música: Princess of the sand (Strange meeting II), Nick Drake
13 comentários:
olha, amiga arábica, eu gosto muito de usar esse pronome.gosto de dizer "o meu país", e gosto de dizer " o meu pai", " a minha mãe","a minha família", " os meus bichos", "o meu amigo", fingindo que os afectos me dão direito a possuir, também, os que me têm.
enfim, acho que é um pronome que (remetendo ao teu post anterior) vamos aprendendo a usar com mais sabedoria, se de facto trilharmos, na vida, os caminhos que nos fazem crescer.
a idun virá cá, nos próximos dias, fazer os seus comentários.
deixo-te, arábica, o meu abraço. :)
Minha Linda, é Meu e pronto o "sentimento" de posse incllui uma dose maioritária de carinho. Bj
Linda Arábica
Hoje a escrita está densa. A fazer reler, a pensar. Como convém! De posses pouco sei falar. Serei possessiva como toda a gente, mas devo disfarçar bem...lol
Beijinhos
:)))
Pronome possessivo de afectos.
É meu, é teu, é nosso.
É teu!
Bj
Que brincalhões! Que quarteto! Bonitas imagens...
Beijinhos, amiga MINHA.
Nas areias
tudo se move
Bela musica q acompanha o video que colocaste, belo momento de escrita aqui deixaste... forte e puro de algo "teu"...
Bjs em ti amiga e um bom fds,
Nuno
Devolvo-te o que é "nosso", sem deixar de ser meu!
Abraços apertados
Os pronomes, pobrezitos, sentindo sempre que são substitutos terão o desejo de um papel principal. O seu "eu" sentindo-se inferior ao "eu" do nome, é possivelmente um revoltado.
O pronome está sempre encerrado, preso no seu papel de segunda figura.
Ele, embora possa desejá-lo,nunca saberia o que fazer se um dia o libertassem para assumir outra tarefa...
Os pronomes, pobrezitos, sentindo sempre que são substitutos terão o desejo de um papel principal. O seu "eu" sentindo-se inferior ao "eu" do nome, é possivelmente um revoltado.
O pronome está sempre encerrado, preso no seu papel de segunda figura.
Ele, embora possa desejá-lo,nunca saberia o que fazer se um dia o libertassem para assumir outra tarefa...
Os pronomes, pobrezitos, sentindo sempre que são substitutos terão o desejo de um papel principal. O seu "eu" sentindo-se inferior ao "eu" do nome, é possivelmente um revoltado.
O pronome está sempre encerrado, preso no seu papel de segunda figura.
Ele, embora possa desejá-lo,nunca saberia o que fazer se um dia o libertassem para assumir outra tarefa...
Se o pro-nome se remeter à sua verdadeira condição de segundo, deixemo-lo pensar-se possuidor. Só o nome verdadeiramente possui ou é possuído. Estéreis estas questões gramaticais, se não fossem fundamentais no noso discurso afectivo.
Beijo "meu", Arábica.
Obrigada amigos MEUS :)
Aqui fica, todo VOSSO, o meu abraço.
:)
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