terça-feira, abril 28, 2009

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hoje, voltava aqui
e voltava a subir a mesma escada
com a mesma ânsia de a descer.
hoje, voltava aqui
voltava a ler o mesmo jornal
a ler as mesmas notícias
e voltava a olhar o mar
como se nada houvera lido.
voltava como se nunca tivesse saído
e saía como se nunca houvesse entrado.

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o mar chama-me.
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Música: there is a light that never goes out, Morrissey
in this world, Moby
(estes 30 segundos racionados de musica desesperam-me!)

25 comentários:

Maria disse...

Ampliei a fotografia. Perdi-me a olhar o mar...
Eu ficava aqui...

Beijo
(e obrigada)

uf! disse...

realmente fantástica,a foto;o mar, ainda que em segundo plano, tem uma força magnética. Mesmo sem memórias que me liguem a essas escadas, também eu ficava por aqui.
Um bom dia, Arábica.

Teresa Durães disse...

ai, o mar. também me chama mas apenas ouço uma voz para além da montanha (de trabalho?)

PreDatado disse...

E como é tão bom ficar calmamente a olhar o mar mesmo quando o mar não é calmo.

Lizzie disse...

Se eu tivesse estado aí, não queria voltar a reviver o vivido: queria viver a paisagem com olhos novos,com jornais novos, com notícias novas.

Ver, ou rever tudo, com olhos mais ensinados, porque a viver se aprende, é um bom passo para descobrir o que antes não se via. A atenção diverge com a idade.

Nem mesmo o mar, essa massa estática na localização, repete duas vezes o mesmo desenho das ondas. Além de ser água e lonjura é o movimento constante, a transformação contínua, sem perder essência. É um tranporte de tempo.

Besos

ze disse...

comentário rápido só para informar que a música "la mer" se pode ouvir daqui nos seus 4:03 minutos.
O Moby continua nos 30 segundos.

Rosa dos Ventos disse...

E quem não subiria?!

Abraço

rosa disse...

arábica, menina bonita.

o imeem tem esse problema e por isso há muito que deixei de usar.

o "problema" dos direito de autor. alguns músicos limitam por direito e leis, a audição das suas musicas em 30 seg. e são vários, ou cada vez mais. como por exemplo as da nina simone. tá mortinha e enterrada e comida. mas alguem acha que a senhora lá longe zela pelos seus direito e não permite mais q 30 seg. podes fazer upload, mas só apena tu, "logada" podes ouvir na totalidade.

como tal, parte em busca de outras formas de pores musica aqui. que fica sempre tao bem.

beijos.

Daniel Aladiah disse...

Querida Arabica
Back to the sea...
Um beijo
Daniel

LBardo disse...

O sonho ancorado.

Depois das cegonhas o mar.

Obrigado pela retribuição.

Duarte disse...

Lindo sitio...

O mar!!!
Esse caminho sem fim,
donde se estende o olhar
sem nada olhar, só ao mar.

Como a fotografia que integra o blog, com vistas a esse mar de palha, que imagem. De donde se vê assim?

Deixo-te um grande abraço, sentido abraço, de boa amizade.

Arábica disse...

Duarte, tudo bem, amigo?
É dos "Olhos de Agua" no Algarve.
Não conheço a casa em questão.
A imagem, minha, foi utilizada por "servir" as palavras.
Nada mais :)
Beijinhos

Alien8 disse...

Arabica,

Interessante, essa escada em espiral a ilustrar o texto, que gostei muito de ler.

Alma de marinheira... :)

Um abraço.

observatory disse...

que perfume é esse?

Arábica disse...

observatory

sal sol e pinho?

Rui disse...

Eu hoje, só queria que fosse amanhã - nem me atrevo a pedir o mar.

Su disse...

sempre o mar

jocas maradas..sempre

Laura Ferreira disse...

Eu fazia o mesmo, se pudesse...

simplesmenteeu disse...

Voltava para mergulhar os olhos no mar.
Para me perder na saudade do que ficou por fazer.
Voltava para agarrar o tempo e sorver devagar o cheiro a maresia.
Voltava, simplesmente...

Gostei e vou voltar.

Beijo

Alberto Oliveira disse...

É um frisson que arrepia
é outra coisa o mar francês
lá mergulho eu mais uma vez
embora a água esteja fria*.

* banho a quanto obrigas.

Beijos e sorrisos.

maré disse...

eu também voltava

.

que imenso

esse olhar infinito

nunca se consegue d escrever

_______

um beijo

adouro-te disse...

Por isso o mar nos afoga...
Beijo.

Mar Arável disse...

Par quem pensa azul

e respira por guelras

é de ficar

assim

sem palavras

Bjs

bettips disse...

Será...simpatias empáticas?
Parece uma doença do fígado mas deve ter a ver com esta coisa que nos corre pelos dedos, uns de encontro a outros.

As cegonhas, que elegantes e que de França vinham, trazendo num pano com laçarote, um bébé já a rir. Só as via em desenhos e quando as vi ao vivo, bati as palmas: assustei-as.
Lindas!

As escadas que se descem e sobem, impreterivelmente, no pensamento do amor, na revibração do "ser"
Bjinho V.

anad disse...

Adorei o som e o texto. Adoro o teu blogue.
Beijinhos
Anad