"pedra sobre pedra, sobre o sal do corpo/ colunas muros testemunhos/ marcas de água". roubei estas palavras ao poeta vasco pontes, porque achei que viria muito a propósito deixá-las aqui.
Sobre o post anterior, há dias terr´veis... mas passam. Cuidado com o ler na rua... os automobilistas andam cada vez mais doidos.
Boa opção, o espiritual.
E melhor ainda, a tua esperança.
Com licença, que vou ouvir o Adriano. Um dia contar-te-ei a história de um "Pé-de-Vento" que morreu quase à nascença... porque ele não chegou, como dizia, "à revisão dos quarenta".
Trazes em ti o cheiro do rio da minha juventude, do cais branco a entrar pela água a dentro, dos caranguejos em fuga pelas pedras, nas marés crescentes.
pois não é o vento que agita na dança os corpos dos eucaliptos? Pois não pode ser o vento, a vida que nos anima o gesto, na teimosia de não deixarmos a memória do corpo esgotar-se?
Sob o efeito do vento vida somos levados a não desistir da construção.
Da nossa e da dos que amamos.
E assim continuamos: peça sobre peça...
Um xicoração com carinho e um sorriso, homem aparentemente anti vento :)
Vou ao meu psiquiatra: por que me lembrei eu, aqui, agora, do operário da construção do Chico Buarque? Não vem nada a propósito! E... se estou enganado? Vou. Vou mesmo...
48 comentários:
beijinho a correr
:)))
Não comento. Apenas me deixo embalar ao som da musica e o pensamento fluir livremente, um beijo
deixemos zoar o vento !
abraço
____________ JRMARTO
Se a vida fosse toda racional
não existiria espaço
para respirar
o vento
Construir, destruir, reconstruir. E permanecer. Únicos e iguais.
Um beijo. Outro.
Palavras e imagem numa comunhão perfeita... adorei navegar neste teu mundo e sentir...
Excelente
Com amizade
Luis
"pedra sobre pedra, sobre o sal do corpo/ colunas muros testemunhos/ marcas de água". roubei estas palavras ao poeta vasco pontes, porque achei que viria muito a propósito deixá-las aqui.
marradinhas amistosas
a propósito de racional, hoje também não estou com grande vontade disso eheheh mas vem o chefe e lá coloco as emoções de lado.
Claro que o ideal era uma euforia mas não vendem por catálogo
E continuo a minha empreitada. Esta temporada foi rica em cinema. Ainda me falta uma boa meia dúzia.
Anad
... não vá o vento apagar para sempre o mais importante dos factos
... não vá o vento levar para longe a peça chave de toda a construção
Excelente blog!
abraço
Prémio à constância na construção.
Bonita perspectiva!
Não sou amigo do vento... e depende de que factos...
Breves palavras para um muito que debater.
Que a vida te sorria, Desejo.
Deixo-te um grande abraço de boa amizade...
Abrigar das correntes de ar.
Arabica,
Sobre o post anterior, há dias terr´veis... mas passam. Cuidado com o ler na rua... os automobilistas andam cada vez mais doidos.
Boa opção, o espiritual.
E melhor ainda, a tua esperança.
Com licença, que vou ouvir o Adriano. Um dia contar-te-ei a história de um "Pé-de-Vento" que morreu quase à nascença... porque ele não chegou, como dizia, "à revisão dos quarenta".
Um beijo grande.
Olha, não encontro aqui o "Cantar de Emigração":(
Não faz mal, já estou a cantá-lo para dentro. Tal como a "Canção com lágrimas e sol".
Mdsol, muito corres tu menina!!
Isso é por causa do blogueio? ;)
Beijinhos
PB,
pois que flua, amigo.
Como o vento.
beijos
Marto,
deixemos.
Que ele nos lembre a força do nosso gesto.
Mesmo que temporalmente, os factos nos pareçam imutáveis.
Abraço.
Mar Arável
e como temido e admirado pode ser o vento!
Dele fugimos e a ele não resistimos.
Beijo
Licínia,
aparentemente o gesto envelhecido na rotina dos anos.
E ainda assim, com tanto poder!
Dois beijos.
Luis,
obrigada pela tua visita.
Trazes em ti o cheiro do rio da minha juventude, do cais branco a entrar pela água a dentro, dos caranguejos em fuga pelas pedras, nas marés crescentes.
Um beijo.
Obrigada, Idun, pelas palavras de Vasco Pontes, que muito apreciei.
Sob o sol e sobre o sal, o vento nos anima o gesto.
Acção de viver, sem desistência.
Teresa,
o racional pode sempre pedir um coffee break ao chefe, não pode? :)
ai ai :))
Anad,
é verdade, está a ser uma boa temporada de filmes, ao contrário do ano passado.
Esta semana fiz gazeta.
Preferi no fim de tarde livre, conversar e andar por Lisboa.
Parecia Marrocos: um calor sufocante e uns pingos de chuva inseguros e quentes.
Beijos
Marina, o vento é a vida.
Entendeste-me completamente.
Por isso, o chamo, aqui.
Beijo
Duarte,
pois não é o vento que agita na dança os corpos dos eucaliptos? Pois não pode ser o vento, a vida que nos anima o gesto, na teimosia de não deixarmos a memória do corpo esgotar-se?
Sob o efeito do vento vida somos levados a não desistir da construção.
Da nossa e da dos que amamos.
E assim continuamos: peça sobre peça...
Um xicoração com carinho e um sorriso, homem aparentemente anti vento :)
Rui,
com este calor que se faz sentir :) nem se sente a deslocação do ar :)
Onde andam os ventos berberes? :)
Beijinhos para ti e para a.
Ainda Rui, chegaram a tomar café?
:)
Alien :)
Eu sou verde:) não conduzo, não tenho carro, não poluio o ar :) por isso leio enquanto me desloco nos transportes públicos.
O grande risco é deixar passar a paragem de autocarro que pretendia :))
Fico à espera do dia do Pé de Vento. Que não demore muito. Que o tempo e o vento não são por encomenda :))
Lamento que não tivesses vindo a tempo do Adriano. Prometo, depois de refeitos os corações militantes que por aqui andam, voltá-Lo a põr.
Cantar tanto uma como a outra é uma emoção.
Sempre foi.
Um abraço.
a vida é feita de eterna construção. um pouco ao sabor (ou contra) os ventos. beijos
Arabica,
Pedão, verde sou eu :)))
Sim, Amiga, não gosto do vento, mas sim da brisa.
Os efeitos do vento sobre a folhagem é um dos fenómenos da natureza que gosto de perceber, mas, se é possível, sem que faça a barba.
Que não se zanguem comigo os Srs. da energia eólica...
Sigo-te, deixo-me embalar pela prosa.
Abraço-te com a ternura própria do momento
peça sobre peça,post sobre post, arduamente.
a caminho de que meta?
o que faz correr o contrutor?
com ventos contrários ou a favor
ou sem quelquer sopro ou brisa...
lindo.....!
Maurizio
Vou ao meu psiquiatra: por que me lembrei eu, aqui, agora, do operário da construção do Chico Buarque? Não vem nada a propósito! E... se estou enganado? Vou. Vou mesmo...
abraços!
Uns construindo, outros destruindo...mas sempre tudo em permanente transformação.
Foto magnífica, a tua:))
Árdua mas harmoniosa!
Abraço
belas as texturas do tempo e do vento. que tu recrias...
beijo
Mariab,
muito trabalhamos nós!
:)
beijos
Alien :)
deixas-me também ser? ;)
Duarte,
uma boa ventania, de vez em quando, aclara-nos as ideias, aquelas que tendem a fechar-se em teias...
Eu gosto de vento.
Leva-nos à acção.
Um abraço grato pela tua atenção.
Triliti Star,
uma acção, um dia, um movimento.
Posts em espelho.
Apenas. Sem objectivo próprio.
O que nos faz erguer muros que nos protejam dos ventos ou içar velas que nos levem com eles?
Resistir-lhes, dominando-os, possuindo-os, fazendo-os nossos aliados?
Vento vida e a nossa resistência.
Beijos
Maurizio,
obrigada.
Um beijo.
Tinta Permanente,
não vás.
:)
Lembra muito a construção de Chico Buarque. Eu própria tive que resistir à ideia de aqui a editar :)
Espero chegar a tempo de te poupar a viagem :))
Um beijo!
Justine,
é verdade, é exactamente assim.
A foto é um muro na vila de Olhos d'Água, no Algarve.
Detalhe muito criativo e muito belo aos olhos.
Beijinhos!
Rosa dos Ventos,
sempre tentando o equilibrio e a harmonia, sim.
E um abraço carinhoso para ti, amiga.
Heretico,
sou viciada em texturas.
Em Marrocos, ficava horas planando nas texturas vistas e experimentadas.
Por acaso, ao tirar esta foto, lembrei-me muito desse país e dos seus artesãos.
Abraço.
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