sábado, maio 02, 2009

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"...O que pode haver de menos compreensível em tudo isto, resulta do facto de que toda a explicação necessita de uma outra explicação para ser compreendida. Aquilo que de um modo imediato é para nós verdadeiro só será inteligível para outrem, depois de uma determinada "mastigação" durante cujo processo já todo o objecto em causa adquiriu nova cor, nova forma, novo ou novos sentidos de interpretação. O poeta tem a clarividência desta transformação e daí a sua atitude, sempre de recusa a qualquer espécie de imposição, e ainda quando nos parece que um dos seus gestos adquire uma cor mais conformista, ou um tom menos violento, ela não é mais do que uma forma diferente de recusa."







Pedro Oom, 1949


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Música:Innocence (for Mary Lou Williams), Jessica Williams

22 comentários:

Marcia Barbieri disse...

Lindo o trecho que escolheu e concordo com o conceito,é só um outro tipo de recusa.

beijos de carinho

simplesmenteeu disse...

Adorei e concordo.
Essa é a minha visão.
Mesmo quando calado e quieto, o poeta, tem sempre uma revolução interior e um constante dizer - Não!

Um beijo

observatory disse...

pedro oom


o mais esquecido

Alien8 disse...

Arabica,

Evidentemente. Até me lembro deste texto... :)

Um abraço.

Duarte disse...

As palavras parece que se deixam cair com o toque de cada tecla do piano, beleza no dizer o que é real. Gostei :)))

Boa toma fotográfica!

Um forte abraço

observatory disse...

a proposito da tua jessica...uma mary lou



Arábica disse...

Márcia

há sempre um não a ser realizado.
Uma recusa a amadurecer no tempo.


Beijo

Arábica disse...

Simplesmente tu,

simplesmente isso.

:)

Arábica disse...

Alien :)

...a sério??? ;)


As palavras que nos guardam.

Arábica disse...

Duarte,

retirado do livro "A intervenção surrealista" de Mário Cesariny, que nos dá a conhecer parte do movimento surrealista português.


Condensa textos, poesia, manifestos, artigos jornalisticos, encaixa no tempo e no espaço, alguns dos que fizeram parte, cá e em latitudes diferentes.

Para ser lido devagar, mas em dias de irónico e acutilante apetite, quando a alma nos pede uma linha de horizonte, que os olhos ainda não alcançam.

Arábica disse...

Observatory


Pedo Oom aqui lembrado.

E não só hoje.

Obrigada pela Mary Lou.
Roll "(on)" roll "(on)". :)

Sabes que era a minha escolha inicial? Mas depois a jessica caiu-me nas mãos e nas teclas.

Não resisti ao piano.

mdsol disse...

Q. Arábica:
Por motivos variados não tenho podido andar por aqui. Vou espreitando a correr! Fico contente com as tuas visitas e peço desculpa por não poder retribuir. Qualquer dia entra tudo na "normalidade"
Um bom dia para ti.
bjs
:))

mfc disse...

A recusa é necessária para que a construção surja.
Um beijo no meu regresso.

pb disse...

passei a correr, deixo-te um beijo de bom fim semana

Arábica disse...

Solinho,

não te visito para retribuição (como se não soubesses!!) :)

Fico contente pelas tuas visitas :)


E o dia foi óptimo :)

Arábica disse...

mfc

contente pelo regresso de uma demanda demorada.


:)

Arábica disse...

Paulo,

obrigada, boa corrida, boa semana!


:)

Arábica disse...

Não deixo a partir de hoje beijos para ninguém. Anda aí a gripe. :)

Ponho a máscara antí virus.


Considerem-se beijados por tempo indeterminado :-D

Duarte disse...

Gostei da descrição que fazes, não conhecia o texto.
Voltei, para saborear este som, este piano, que pausa e corre... belo.

Beijinhos de agradecimento

o Reverso disse...

adqudíssima forma de ilustrar este pedaço de prosa.

boa semana

Arábica disse...

Duarte,

um bom dia para ti, obrigada pela visita :)

E o piano continua...


Beijos

Arábica disse...

Obrigada Triliti Star,

uma boa semana para ti também!

Beijos