terça-feira, janeiro 06, 2009

- Aqui - da perversa rota do mundo...

Direitos da Criança



ARTIGO 1º Todas as pessoas com menos de 18 anos têm todos os seus direitos escritos nesta convenção.
ARTIGO 2º Tens todos esses direitos seja qual for a tua raça, sexo, língua ou religião. Não importa o país onde nasceste, se tens alguma deficiência, se és rico ou pobre.
ARTIGO 3º Quando um adulto tem qualquer laço familiar ou responsabilidade sobre uma criança, deverá fazer o que for melhor para ela.
ARTIGO 6º Toda a gente deve reconhecer que tens direito à vida.
ARTIGO 7º Tens direito a um nome e a ser registado, quer dizer, o teu nome, o dos teus pais e a data em que nasceste devem ser registados. Tens direito a uma nacionalidade e o direito de conheceres e seres educado pelos teus pais.
ARTIGO 8º Deves manter a tua identidade própria, ou seja, não te podem mudar o nome, a nacionalidade e as tuas relações com a família e menos que seja melhor para ti. Mesmo assim, deves poder manter as tuas próprias ideias.
ARTIGO 9º Não deves ser separado dos teus pais, excepto se for para teu próprio bem, como por exemplo, no caso dos teus pais te maltratarem ou não cuidarem de ti. Se decidirem separar-se, tens de ficar a viver com um deles, mas tens o direito de contactar facilmente com os dois.
ARTIGO 10º Se os teus pais viverem em países diferentes, tens direito a regressar e viver junto deles.
ARTIGO 11º Não deves ser raptado mas, se tal acontecer, o governo deve fazer tudo o que for possível para te libertar.
ARTIGO 12º Quando os adultos tomam qualquer decisão que possa afectar a tua vida, tens o direito a dar a tua opinião e os adultos devem ouvir seriamente o que tens a dizer.
ARTIGO 13º Tens direito a descobrir coisas e dizer o que pensas através da fala, da escrita, da expressão artística, etc., excepto se, quando o fizeres, estiveres a interferir com o direito dos outros.
ARTIGO 14º Tens direito à liberdade de pensamento e a praticar a religião que quiseres. Os teus pais devem ajudar-te a compreender o que está certo e o que está errado.
ARTIGO 15º Tens direito a reunir-te com outras pessoas e a criar grupos e associações, desde que não violes os direitos dos outros.
ARTIGO 16º Tens direito à privacidade. Podes ter coisas como, por exemplo, um diário que mais ninguém tem licença para o ler.
ARTIGO 17º Tens direito a ser informado sobre o que se passa no mundo através da rádio, dos jornais, da televisão, dos livros, etc. Os adultos devem ter a preocupação de que compreendes a informação que recebes.
ARTIGO 18º Os teus pais devem educar-te, procurando fazer o que é melhor para ti.
ARTIGO 19º Ninguém deve exercer sobre ti qualquer espécie de maus tratos. Os adultos devem proteger-te contra abusos, violência e negligência. Mesmo os teus pais não têm o direito de te maltratar.
ARTIGO 20º Se não tiveres pais, ou se não for seguro que vivas com eles, tens direito a protecção e ajuda especiais.
ARTIGO 21º Caso tenhas de ser adoptado, os adultos devem procurar ter o máximo de garantias de que tudo é feito da melhor maneira para ti.
ARTIGO 22º Se fores refugiado (se tiveres de abandonar os teus pais por razões de segurança), tens direito a protecção e ajuda especiais.
ARTIGO 23º No caso de seres deficiente, tens direito a cuidados e educação especiais, que te ajudem a crescer do mesmo modo que as outras crianças.
ARTIGO 24º Tens direito à saúde. Quer dizer que, se estiveres doente, deves ter acesso a cuidados médicos e medicamentos. Os adultos devem fazer tudo para evitar que as crianças adoeçam, dando-lhes uma alimentação conveniente e cuidando bem delas.
ARTIGO 27º Tens direito a um nível de vida digno. Quer dizer que os teus pais devem procurar que não te falte comida, roupa, casa, etc. Se os pais não tiverem meios suficientes para estas despesas, o governo deve ajudar.
ARTIGO 28º Tens direito à educação. O ensino básico deve ser gratuito e não deves deixar de ir à escola. Também deves ter possibilidade de frequentar o ensino secundário.
ARTIGO 29º A educação tem como objectivo desenvolver a tua personalidade, talentos e aptidões mentais e físicas. A educação deve, também, preparar-te para seres um cidadão informado, autónomo, responsável, tolerante e respeitador dos direitos dos outros.
ARTIGO 30º Se pertenceres a uma minoria, tens o direito de viver de acordo com a tua cultura, praticar a tua religião e falar a tua própria língua.
ARTIGO 31º Tens direito a brincar.
ARTIGO 32º Tens direito a protecção contra a exploração económica, ou seja, não deves trabalhar em condições ou locais que ponham em risco a tua saúde ou a tua educação. A lei portuguesa diz que nenhuma criança com menos de 16 anos deve estar empregada.
ARTIGO 33º Tens direito a ser protegido contra o consumo e tráfico de droga.
ARTIGO 34º Tens o direito a ser protegido contra abusos sexuais. Quer dizer que ninguém pode fazer nada contra o teu corpo como, por exemplo, tocar em ti, fotografar-te contra a tua vontade ou obrigar-te a dizer ou a fazer coisas que não queres.
ARTIGO 35º Ninguém te pode raptar ou vender.
ARTIGO 37º Não deverás ser preso, excepto como medida de último recurso e, nesse caso, tens direito a cuidados próprios para a tua idade e visitas regulares da tua família.
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ARTIGO 38ºTens direito a protecção em situação de guerra.
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ARTIGO 39º Uma criança vítima de maus tratos ou negligência, numa guerra ou em qualquer outra circunstância, tem direito a protecção e cuidados especiais.
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ARTIGO 40º Se fores acusado de ter cometido algum crime, tens direito a defender-te. No tribunal, a polícia, os advogados e os juizes devem tratar-te com respeito e procurar que compreendas o que se está a passar contigo.
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ARTIGO 42º Todos os adultos e crianças devem conhecer esta Convenção. Tens direito a compreender os teus direitos e os adultos também.
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Música: Rokia Traore e Toumani Diabaté

11 comentários:

mariab disse...

na verdade, das impotentes convenções... que são quebradas todos os dias. beijo

pianistaboxeador21 disse...

Acho que, se ouvissemos mais os pequenos, faríamos menos cagadas.

Abraço,

Daniel

Gasolina disse...

Uma carta de declarações tão mal tratada.

Como as crianças. Veja-se o que corre em Gaza.

Um beijo.

E um bravo pela atenção.

Manuel Veiga disse...

oportuno. sempre. lembrar direitos. e lutar por eles...

beijo

Teresa Durães disse...

tantos os artigos e tão poucos os respeitados. ainda ontem a minha filha falou-me de uma colega que é maltratada pelo pai. Mas não é só esta guerra que está a ir contra os direitos das crianças e cidadãos. E no Iraque? E no Afeganistão? E todas as guerras provocadas pelos EUA?

Alien8 disse...

Arabica,

Antes haja uma carta de direitos que seja violada, do que não haja carta de direitos nenhuma. Porque, a partir da carta existente, podemos começar a castigar as violações, ou a criar condições para isso. Começa-se por castigar algumas, aumenta-se a dose de castigos mas, principalmente, ensina-se as pessoas a cumprirem a Carta, e explica-se-lhes porque devem cumpri-la. Ensinam-se as crianças a conhecer e a fazer respeitar os direitos que lhes são conferidos, a reagir contra quem quebra as normas, a lutar pelos seus direitos.
E vai-se aperfeiçoando a Carta, já agora.

Sem Carta é mais difícil, talvez mesmo impossível.

Por isso, ainda bem que a publicaste :)

Um beijo.

JPD disse...

Está-se a caminhar perigosamente para um varrimento de deveres e direitos.

A pulsão da morte é intrinsecamente destruidora.

Bjs

Andreia disse...

Pena não ser tudo assim tão linear... *

Lizzie disse...

Completamente de acordo com as palavras sábias e sensatas do nosso Alien:)

É importante que leis e documentos abram caminho para a mudança de mentalidades.

Beso

Eme disse...

Sabes, meu tempo tem sido de leituras. vem isto tão bem a propósito.. ontem acabei um livro com o título "uma criança chamada coisa". é um relato verídico sobre os maus tratos infligidos pela mãe ao filho. nunca livro algum me chocou tanto. não pensei mesmo que tal era possível, chega-se ao ponto de questionar a veracidade. e aí lembrei-me que o problema devia estar aí; questionbar a verdade faz com que a saga continue. enfim..

Filipe disse...

para os direitos das crianças bastava um artigo:
toda a criança deve ser considerada uma planta que todos os adultos devem regar com a água fresca da liberdade