conheço e gosto muito. aquela primeira casa lá em cima, em ruínas, já a fotografei também. é uma maravilha. talvez em agosto ou setembro lá volte, ainda não sei.
E sem querer ser (muito) chato, porquê oito músicas? Não é que me esteja a queixar, antes pelo contrário, mas seis delas não conheço e queria ouvi-las mais vezes e melhor, e se calhar amanhã ao ritmo que postas quando não estás de termas, já cá não estão!
Tens desde o fado de Coimbra à canção de intervenção. Como a esta altura já deves ter lido o post de cima, já percebes porquê.
Ouve as vezes que quiseres, vais ter tempo.
Há algumas repetições ao longo da lista.
Quem te chamou chato? :) Eu publico mais rápidamente quando se trata de fotos, é um facto. Parece que uma rua, pede outra e que um momento logo tem de ser precedido de outro...
Beijos
Ps-a resposta ao teu comentário aparece fora de ordem porque tinha algumas falhas e trocas de letras :) eliminei-o e passei a limpo :)
a história fala através dessas casas...e o Zeca deixa-nos mais bonitas. Postei há dias Zeca Afonso, que as homenagens a ele são sempre justas. E poucas. Não convém que se apague a história dele. Convém-nos guardar e contar histórias de orgulho, de liberdade. Por tras daquela janela, o mundo fica mais consciente de que precisa intervir e não baixar os braços. Bom carnaval
Tem calma, que assim vives mais tempo, para fazer mais coisas, incluindo postar textos e fotografias, mas também tudo o resto de que é feito a vida. Até pôr-nos a ouvir SG e JMB. E muito mais!
Entretanto deixa estar o Zeca que está um palmo acima da sua geração, mas também das que lhe são imediatamente anterior e posterior.
as casas e as janelas são corpos e faces que denunciam temperamentos:
a primeira é uma casa teimosa. Parece uma dama altiva mesmo na decrepitude. Se fosse gente no palco diria, como a Palmira Bastos: "as árvores morrem de pé!!";
a terceira, tão branca entre a pedra, só pode ser excêntrica ou desajustada. De qualquer forma é orgulhosa na sua alvura. afirma-se contra ventos e marés;
a sexta, a do sotão,pequenina,parece-me que está destinada a gente que quer espreitar o mundo mas se recusa a crescer. Tem laivos de timidez. Pode passar despercebida entre as outras. A ti não passou e ainda bem;
a oitava tem espírito de contradição. Enquanto a tendência seria deixar que se visse para dentro, (porque um dos fascínios é inventar ou supôr a vida que corre no segredo do interior)ela reflecte a paisagem. Parece que está de birra. Também pode ser uma janela soldado a defender a privacidade.
As edificações ósseas ferrugentas sempre me fascinaram: são cenários metafóricos e polivalentes.
Quanto a Zeca Afonso, ao SG e ao JMB, conheço muito pouco mas do pouco que conheço prefiro-o a ele, ao Zeca. Desde o 25 de Abril até me ir embora, apesar da tenra idade, já o meu trabalho era virado para outros tipos de música.Entre escola e ensaios,partidas e chegadas,alegrias mas também desgostos, quase tudo nos passou ao lado.
Cantei-o por lá, na solidão dos verdes campos, com o meu muito restrito repertório; era inevitável lembrá-lo, neste Fevereiro de mochila ao ombro, cais de partida realizado, depois de cumpridas outras chegadas.
parece que nos encontrámos a meio do caminho naquela estrada: olhando para essa primeira casa (a que mais me entrou pelos olhos), naquela manhã pensei: também as casas morrem de pé. Também as casas morrem de solidão.
E senti uma admiração e um respeito incrivel pela sua altivez, sobranceira ao rio e ao diz que diz da vizinhança fidalga e caiada de novo.
Deve ser por escreveres coisas destas que tanto gosto de te ler. :))
E sim, a pequenina é perfeita para um quarto de brincar, com um cavalo de pau a meio do espaço e, no canto, uma arca cheia de memórias de lata e madeira, tintas estaladas pelos dedos infantis que tanto as usaram....
Não falas da sétima janela, mas conto eu a história imaginada sobre sacas de batatas e farinha, sacos de feijão, prateleiras de vinhos de castas duras e intensas, duas toneladas de lenha e frascos de doces, de laranja e de maçã, de pera e de morango. Os presuntos pendurados, os utensílios de trabalho, adormecidos enquanto a terra não renova as oferendas...
Gostei muito de todas as histórias que nos deixaste em aberto, obrigada :)
40 comentários:
conheço e gosto muito. aquela primeira casa lá em cima, em ruínas, já a fotografei também. é uma maravilha. talvez em agosto ou setembro lá volte, ainda não sei.
As fotografias são muito bonitas, mas hoje... fiquei presa à voz do Zeca Afonso...
Que boa escolha a tua!
:)))
Belíssimo local. As fotos falam por si. Lindas.
(gostei do som. Zeca!)
conheço. já lá passei belas férias. as fotos estão muito boas.
beijos
E sem querer ser (muito) chato, porquê oito músicas?
Não é que me esteja a queixar, antes pelo contrário, mas seis delas não conheço e queria ouvi-las mais vezes e melhor, e se calhar amanhã ao ritmo que postas quando não estás de termas, já cá não estão!
Beijos e boa noite
e as casas, com o fumo (por detrás).
são sinais de dentro da terra a mostrar que há gente nas entranhas.
um grande beijinho
jorge
Olá Arabica
Há imenso tempo que não viajo por aí.
Meritória esta edição.
Bjs
:) quer então dizer que a menina andou a passear? gostei da lua ali em baixo e da música :) beijinhos.
Conheço
Um paraíso
á flor da pele
Margarida,
aquela casa, embora em ruínas tem realmente qualquer coisa de apelativo.
Espero que vás.
Gostei de lá estar nesta época em que que a aldeia está quase dserta.
Beijos
mdsol,
não és a única.
:)
beijos
Prédatado,
obrigada :)
E sim. Zeca!
mariab,
é recente o chamamento do campo em mim.
Não tem mais que meia duzia de anos.
Beijos
Jorge,
é um fumo branquissimo, o mais alvo que alguma vez vi.
Beijinho para ti também.
JPD,
é de ir e procurar o caminho do rio! :)
Abraço
Li,
a menina passeou até sentir vontade de voltar.
E agora anda com as tarefas todas atrasadas. :)
Beijo
Mar Arável
é verdade.
E aqui tão perto.
Abraço
Zé, são muito mais que oito :)
Tens desde o fado de Coimbra à canção de intervenção. Como a esta altura já deves ter lido o post de cima, já percebes porquê.
Ouve as vezes que quiseres, vais ter tempo.
Há algumas repetições ao longo da lista.
Quem te chamou chato? :) Eu publico mais rápidamente quando se trata de fotos, é um facto. Parece que uma rua, pede outra e que um momento logo tem de ser precedido de outro...
Beijos
Ps-a resposta ao teu comentário aparece fora de ordem porque tinha algumas falhas e trocas de letras :) eliminei-o e passei a limpo :)
Gostei das tuas fotos.Continua o bom trabalho
beijo
a história fala através dessas casas...e o Zeca deixa-nos mais bonitas. Postei há dias Zeca Afonso, que as homenagens a ele são sempre justas. E poucas. Não convém que se apague a história dele. Convém-nos guardar e contar histórias de orgulho, de liberdade.
Por tras daquela janela, o mundo fica mais consciente de que precisa intervir e não baixar os braços.
Bom carnaval
Kris, obrigada pelo incentivo.
Claro que a minha máquina é uma digital "baratuxa" de bolso e todo o terreno. Há-de morrer nova mas cansada :)
beijos
Inner
o Zeca conta-nos tantas histórias!
Povoam as casas e as janelas, correm pelos montes e pelos caminhos antigos!
Carnaval? Não ligo muito, embora goste de ver o sonho e o divertimento nos rostos das crianças que vestem por umas horas as peles dos seus heróis :)
Tenho um convite para dar de novo ar à mochila, vamos a ver se vou.
Beijos e umas boas mini férias para ti, caso seja o caso :))))
Zé,
na lista também está Sérgio Godinho e José Mário Branco (lsta extensa e eu com falta de tempo; enfim, vou dando uns saltinhos até aqui) :)
Tem calma,
que assim vives mais tempo, para fazer mais coisas, incluindo postar textos e fotografias, mas também tudo o resto de que é feito a vida. Até pôr-nos a ouvir SG e JMB.
E muito mais!
Entretanto deixa estar o Zeca que está um palmo acima da sua geração, mas também das que lhe são imediatamente anterior e posterior.
Uma boa tarde,
com calma, que se faz mais.
Só agora é que percebi que são 129!
O próximo objectivo para o meu blogue vai ser aprender a colocar música.
Já está em tempo.
Arábica:
as casas e as janelas são corpos e faces que denunciam temperamentos:
a primeira é uma casa teimosa. Parece uma dama altiva mesmo na decrepitude. Se fosse gente no palco diria, como a Palmira Bastos: "as árvores morrem de pé!!";
a terceira, tão branca entre a pedra, só pode ser excêntrica ou desajustada. De qualquer forma é orgulhosa na sua alvura. afirma-se contra ventos e marés;
a sexta, a do sotão,pequenina,parece-me que está destinada a gente que quer espreitar o mundo mas se recusa a crescer. Tem laivos de timidez. Pode passar despercebida entre as outras. A ti não passou e ainda bem;
a oitava tem espírito de contradição. Enquanto a tendência seria deixar que se visse para dentro, (porque um dos fascínios é inventar ou supôr a vida que corre no segredo do interior)ela reflecte a paisagem. Parece que está de birra. Também pode ser uma janela soldado a defender a privacidade.
As edificações ósseas ferrugentas sempre me fascinaram: são cenários metafóricos e polivalentes.
Quanto a Zeca Afonso, ao SG e ao JMB, conheço muito pouco mas do pouco que conheço prefiro-o a ele, ao Zeca.
Desde o 25 de Abril até me ir embora, apesar da tenra idade, já o meu trabalho era virado para outros tipos de música.Entre escola e ensaios,partidas e chegadas,alegrias mas também desgostos, quase tudo nos passou ao lado.
Besos
Aquela 'Edificação abandonada à ferrugem do tempo', ali mais em cima, tem semelhanças profundas com um 'país à beira mar plantado'...
abraços!
(belas fotografias)
Fartei-me de me procurar, mas não me encontrei. Tenho de lá voltar. Sempre.
belas as fotos. sempre viva a voz...
beijos
Zé,
tenho.
Mas tenho tido realmente mais afazeres.
O Zeca fica bem aqui, junto a todos nós.
Cantei-o por lá, na solidão dos verdes campos, com o meu muito restrito repertório; era inevitável lembrá-lo, neste Fevereiro de mochila ao ombro, cais de partida realizado, depois de cumpridas outras chegadas.
Gosto de te ver por aqui.
Beijos
Lizzie,
parece que nos encontrámos a meio do caminho naquela estrada: olhando para essa primeira casa (a que mais me entrou pelos olhos), naquela manhã pensei: também as casas morrem de pé. Também as casas morrem de solidão.
E senti uma admiração e um respeito incrivel pela sua altivez, sobranceira ao rio e ao diz que diz da vizinhança fidalga e caiada de novo.
Deve ser por escreveres coisas destas que tanto gosto de te ler. :))
E sim, a pequenina é perfeita para um quarto de brincar, com um cavalo de pau a meio do espaço e, no canto, uma arca cheia de memórias de lata e madeira, tintas estaladas pelos dedos infantis que tanto as usaram....
Não falas da sétima janela, mas conto eu a história imaginada sobre sacas de batatas e farinha, sacos de feijão, prateleiras de vinhos de castas duras e intensas, duas toneladas de lenha e frascos de doces, de laranja e de maçã, de pera e de morango. Os presuntos pendurados, os utensílios de trabalho, adormecidos enquanto a terra não renova as oferendas...
Gostei muito de todas as histórias que nos deixaste em aberto, obrigada :)
Besos
Tinta Permanente,
foi bem "apanhado" na foto, não foi?
Foi exactamente a pensar nesse país, que escrevi.
beijos
Rui,
foi olhando o outdoor azul, constante na penúltima fotografia que me lembrei do teu post do verão passado :))
Tens de lá voltar para te encontrares :))
Estarás na secção de perdidos e achados? :)
Heretico
Bem dito: sempre viva.
um abraço.
Estas janelas, irradiam beleza, bem merecem uma serenata e bem que o elegeste.
Abraço-te, reconhecido.
Arabica,
Não sei que mais admire, se as excelentes fotos de janelas, se a música do Zeca.
Magnífico post, Arabica, magnífico!
Abraço.
Duarte,
são realmente janelas muito bonitas e expressivas.
De resto, a serenata, aconteceu naturalmente, fruto do tempo e da memória.
Grata pela tuas visitas, também fico eu.
Beijinhos.
Alien,
primeiro a música (se me permites o desempate) e depois a caminhada pelas janelas :)
Abraço
Os olhos das casas. Perturbadores, alguns. Ou o nosso olhar sobre elas...
Beijinho.
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