terça-feira, fevereiro 10, 2009



Sacudir o cobertor coberto de migalhas.
(fome de pão quente, pesado, amarelo, de centeio, de lenha, com manteiga)


Pôr a almofada ao sol.
(alisar o linho, desfiar caminhos, serpentear ruas, tecer-me)


Lavar a caneca do café.
(forte e puro, saboreando os montes, os telhados, o rio, a ponte)


Deixar as flores



a



ocupar


a

casa.


E sair, de mansinho, em bicos dos pés...








até já...

Música: My litle brown book, John Coltrane

44 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Tanta coisa boa e fácil de realizar! :-))

Abraço neste princípio de madrugada

Maria disse...

Acabei de comer
pão quente
de centeio
com manteiga.
Só não foi cozido num forno a lenha...
:))

Um beijo, ocupando a casa

Arábica disse...

Rosa e Maria:

Ai :)) eu daqui a nada também já o tenho :)

e o verde dos campos!!!! :)


beijos, obrigada pela companhia!

Levem uma for no cabelo :)

Arábica disse...

Rosa e Maria:

Ai :)) eu daqui a nada também já o tenho :)

e o verde dos campos!!!! :)


beijos, obrigada pela companhia!

Levem uma for no cabelo :)

Anónimo disse...

vais fazer uma pausa? :( que seja breve! um beijo.

Teresa Durães disse...

Pão quente! Hum! E apenas gosto de uma almofada, a minha que me acompanha há uma série de anos. Não deixo ninguém usá-la

Val Du disse...

Tudo tão calminho e simples...tudo tão bom.

Beijos.

~pi disse...

apenas (em recta curva linha:

ser :)


atéjá



beijo




~

Justine disse...

São cheiros e sabores e gestos e tecituras de antigamente, que uma sensibilidade especial pode recriar hoje. Tu fizeste-o no teu texto:))

uf! disse...

então e aquele café (de cevada) feito mesmo na lareira e em que depois se deita a brasa, para separar as borras...
mmm que saudades....
mmmm que cheirnho....

ze disse...

Isso é que é hospitalidade!

"Façam de conta que estão em vossa casa"

Ou

como dizia a minha mãe no meio da pressa de sair de viagem:

"deixem tudo arrumado e a cama feita.
Porquê? Porque pode vir cá alguém. Quem? sei lá! os bombeiros,..."

Rui disse...

Saudades desse pão. E não acendas aquelas duas velas naquele lugar.

Manuel Veiga disse...

sabores e cheiros inebriantes...

beijo

Gasolina disse...

E apetece lá agora saír? Fechar a porta?

Caramba! Tantas coisas boas e tão simples e nós "obrigados" a perdê-las.

Olha o Rio, o pão, o cheiro quente da casa pela manhã... Ainda bem que há palavras (tuas) para lembrar tudo isto tão belo.

Um beijo. Ainda vejo as flores...

kris disse...

pãozinho quente pela manhã...manteiga derretida...com café bem quente...que maravilha..

até já...

amanhã já há mais pão :)

beijo

Duarte disse...

... não demores muito!

Esses olhares, esses cheiros, essas costumes, sabem-me a Ti, Terra minha... até a música ajudou a sentir.

Beijinhos de um agradecimento reconhecido

Alien8 disse...

Arabica,

Ai, aquela vela acesa não prenuncia nada de bom! :)

Se não tivesse acabado de cear, apanhavas-me com esse pão quente com manteiga. Felizmente, já tratei do assunto...

Já foste, claro. Vai saboreando e contando coisas.

Até já!

Vivian disse...

...mágico

bjusss

Arábica disse...

:)


...ao contrário de ontem que só me permiti a cair na piscina de água quente ao entardecer, hoje, já com os olhos repletos de verdes, estou de chegada para o exercicio diário <:))

Trago comigo caminhos de rio, janelas de sol, todos os tons de terra, desde os verdes musgo aos castanhos dourados de um fogo adormecido...

Trago ainda o gosto do pão, da broa, que encontrei numa aldeia entre Pedros...

:) mágico este tempo de sol, depois da chuva, do frio, do cansaço dos dias, das batalhas travadas entre pincéis e azulejos, chaminés perpendiculares às tartes da vida...

E tal como vos respondi com tudo isto em mim :) agora vos levo comigo para o meu mergulho quente :)

Todos juntos....preparados????...........mergulho!!!! :)

Nina Owls disse...

eu entro em bicos de pés e deixo as flores valsando na sala. Adorei esta valsa despretensiosa e rimada pelos odores, pelos rios e pela cafeína. E vou-me á vida, já calçada! Boa espraiada de verdes e azuis. Inté

Rui disse...

Estás onde as águas são mágicas?

Lizzie disse...

Vê lá se não te esqueces de voltar:)
que eu,a ver e quase a ouvir as ervas a crescer e as árvores a rir com as cócegas do sol lá na minha morada, ia-me esquecendo de sair de casa.

Vê lá se as "cores terra" e os verdes não te tornam prisioneira de uma tela acabadinha de pintar.

Quanto a pão... já sabes:)), de preferência à lareira, que o esplendor atrevido do sol e o descaramento das andorinhas na chegada, hoje, ao meu beiral ainda não abafaram o inverno.

Besos com vapor de águas quentes

Marcia Barbieri disse...

Me senti eu agora,essa é afinal,a tarefa de uma escritora,parabéns!!!!

beijos ternos

jorge esteves disse...

Receita de coisa boa!...

abraços!

Arábica disse...

Estou na magia das águas, sim :)


Nas portuguesissimas brumas de avalon quando a noite cai ou ao amanhecer, antes do sol romper por entre as montanhas (sitio de inspiração, Marcinha, este aqui, ias gostar:))

Inner, um café e um cigarro à beira rio, uma música que nos canta: should I stay or should I go? :))) (a sério, aconteceu mesmo Lizzie e eu já indecisa: vou mesmo embora amanhã???) o que me leva a acreditar que aqui nesta latitude alguma magia deve existir, Vivian :))

E o apetite, Alien? Um vitela de Lafões merecedora de constar em post lá na tua mesa, que essa sim, é mesa :) sem os sacrilégios da tal Trindade em assunto :)

Ai Duarte!! :) espero que as fotos estejam tão bem como parecem, amigo! Um cantinho desta tua terra, deliciosa no sabor do pão e encantada aos nossos olhos, entre árvores e rios...

Quanto à Rosa e à Justine :) imaginem que encontrei um gato sedutoramente carente :) lindo :))
miauuuuu :) (espero que as fotos estejam igualmente boas)

E para ti, Li, aqui fica a promessa da brevidade possível, que isto de ser saltibanca me está no sangue e na pele e não é decerto agora que me curo :))

Quando olho para o BI e vejo naturalidade Lisboa :) até julgo que é erro...mas de onde me vem este lado de camponesa? :)

Beijos para todos, verdes dourados e azuis. Para a Teresa, que não gosta muito desta mariquice de beijos ;)um pão quente com muita manteiga, pois claro :))

mdsol disse...

Boa pausa!
beijinho
:))

mariab disse...

fizeste-me fome desses aromas, desses sabores. boa pausa, se é caso disso. beijos

maré disse...

belíssimo roteiro!
.
.
.
e estender os olhos ao sol

com os primeiros odores da manhã

a acordar os sentidos

________

um beijo

Alberto Oliveira disse...

... lá ficamos nós a saber que tens o costume de comer na cama, provavelmente enquanto vês televisão, lês um livro ou deitas contas à vida...

Saboreia lá os montes, os telhados, o rio, a ponte e dá os bons-dias à vizinhança, que por aí devem ser todos primos e primas.

E se te lembrares traz uma morcela com arroz que sou maluco por isso.

Beijos, sorrisos e tem cuidado com as abelhas e as cabras marradoiras.

Rui disse...

Saudades dos bucofaríngeos, das inalações nasais e dos emanatórios...

:)

Licínia Quitério disse...

Assim dá gosto ver-te. Um riso de camponesa, um cheirinho a ervas bravas, um braçado de malmequeres amarelos, em corrida para as águas tépidas e para o pão ainda fumegante.

E escrevendo bem...

Beijo, beijo.

Susana Júlio disse...

A simplicidade em cada gesto...a vontade...
E é possível a total concretização assim nesses passos pequenos.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Oh!

também quero estar aí!

porque nao me levaste?!

beij

Daniel Aladiah disse...

Querida Arabica
Pela foto se vê que os preparativos para o Carnaval já começaram... :)
Um beijo
Daniel

JPD disse...

Olá Arabica

Acho o texto muito bem redigido.
Muito bom.

E a ilustração de uma elegância extraordinária.

Bjs

OUTONO disse...

Moldura perfeita, no suave enleio da música...a condizer...claro!

Beijinho

Alien8 disse...

Vitela de Lafões? É que é já a seguir! E sem a brincadeira do anúncio. Ahhhh, matas-me de inveja e gula (e vão dois pecados mortais!)

Beijinhos, Arabica!

Rodrigo Fernandes (ex Rodrigo Rodrigues) disse...

Tá de chuva?




Ein? Qu'é isso? Tá de chuva?


OK! Vou portar-me bem.


Só a tua insistência me obrigou a sair da modorra, da casca, da cela - eu sei lá! (Que a Margarida não veja isto)


apetece-me levar o pão de centeio e deixar-te as flores


...... para que servem as flores?


deposito beijos, um a um, em cada flor

e as flores te devolverão o odor de cada beijo

Duarte disse...

Cresce amiga com a imensidão da palavra que para isso foi criada...

Beijos

pront'habitar disse...

...e olhar a jarra com as flores, a luz que vem de fora...


e escutar

suave, suavemente...

e relaxar...

uf! disse...

ande o seu coração
por onde andar,
um bom São Valentim
quero desejar
Bom para si, bom para mim
mais para quem por cá passar
votos de um dia muito «bão»!
:-)
abracinho

mfc disse...

O ritual diário de quem quer regressar mais logo!
Bonito sorriso a mais um dia que começou.

Arábica disse...

:) que bom é chegar e ler-vos!!!

Eme disse...

a serenidade na tua pessoa e nos teus actos. é o que transmites

e

o que te invejo

beijo. dorido ainda.