já agora também digo: são três e meia da manhã, oiço a melodia (que sempre me encantou) e, prosaicamente, como pão com manteiga. a música chegou ao fim, vou beber o leite com chocolate.
Uma resistência feita de limites grandiosos. Sabe-se lá qual a fronteira em que o abandono ou o sofrimento dão o passo para a morte, seja ela física, mental, moral.
Vão-se tendo mortes de inocência, vai-se buscar mais vida à maturidade. Quando a maturidade se cansa, vai-se perdendo a fibra que liga as memórias entre si.Os velhos recuperam, resistindo, o olhar de espanto. Alguns membros de tribos indias da América do Norte, decidiam morrer quando a fragilidade já era maior que a resistência.
Esta transcrição livre de uma suite de Bach, sempre apelou à dança em pas-de-deux.Tantas coreografias. Talvez porque é mais fácil resistir acompanhado do que sózinho e porque há músicas que soam a tradução da vida.
pergunto-me sempre até onde conseguimos resistir e sempre que o faço sei que se aguenta mais um passo. Mas há sempre o dia em que não há mais ar. e a parede da resistência esmaga
E sempre mais resistentes do que aquilo que cremos ser. Sem conhecermos os limites!
(há muito que ando para te dizer isto: este teu "canto" é muito acolhedor, com este tom ocre-açafrão,a luz da cidade-rio a abrir-nos caminho para o deslimite do horizonte, e as tuas palavras lúcidas a convidarem à reflexão. Pronto, está dito:)) )
Dizes bem! Como é que conseguimos resistir tanto? Foi bom ouvir a música que escolheste. Tão linda, tão doce, tão apaziguadora para a dor de quem continua a resistir!
A matéria ao mesmo tempo que nos faz resistentes faz-nos sensíveis. Os corpos tem elasticidade mas também tem um ponto de ruptura, não abusemos dele. Agradeço este convite à reflexão com um Adágio tão adequado, bom, como quase todos os adágios que nos embalam assim.
18 comentários:
Fiquei a ouvir a música...
e a fumar um cigarro...
para relaxar...
Obrigado
Estás coberta de razão...
Um beijo
Também fiquei a ouvir a música...
Meditando nas palavras que entraram em mim tão profundamente...
Revejo- me no que escreveu.
Beijo.
Maria Valadas
poesia sem sangue...
as vezes há :)
a vida é que nos vai rasgando
beijo
Arabica,
Ouvi :)
E agora estou a ouvir o Adágio, de que tanto gosto.
E, a estas horas mortas, ainda cá vim, que jurei pôr hoje em dia os atrasados!
Um beijo.
já agora também digo: são três e meia da manhã, oiço a melodia (que sempre me encantou) e, prosaicamente, como pão com manteiga.
a música chegou ao fim, vou beber o leite com chocolate.
um beijo
ah !, ideias que me surgem na rua, se não tomo nota voam...
tão de artérias de cimento
( com sangue s
lá-dentro,
~
só a música a acompanhar .Nos
no dílúvio a que resistimos
...só a música
e a palavra como tecto
--------
em silêncio
olho a varanda deste mar
um beijo solar arábica
Uma resistência feita de limites grandiosos. Sabe-se lá qual a fronteira em que o abandono ou o sofrimento dão o passo para a morte, seja ela física, mental, moral.
Vão-se tendo mortes de inocência, vai-se buscar mais vida à maturidade. Quando a maturidade se cansa, vai-se perdendo a fibra que liga as memórias entre si.Os velhos recuperam, resistindo, o olhar de espanto.
Alguns membros de tribos indias da América do Norte, decidiam morrer quando a fragilidade já era maior que a resistência.
Esta transcrição livre de uma suite de Bach, sempre apelou à dança em pas-de-deux.Tantas coreografias.
Talvez porque é mais fácil resistir acompanhado do que sózinho e porque há músicas que soam a tradução da vida.
Besitos
pergunto-me sempre até onde conseguimos resistir e sempre que o faço sei que se aguenta mais um passo. Mas há sempre o dia em que não há mais ar. e a parede da resistência esmaga
E sempre mais resistentes do que aquilo que cremos ser. Sem conhecermos os limites!
(há muito que ando para te dizer isto: este teu "canto" é muito acolhedor, com este tom ocre-açafrão,a luz da cidade-rio a abrir-nos caminho para o deslimite do horizonte, e as tuas palavras lúcidas a convidarem à reflexão. Pronto, está dito:)) )
acendo um cigarro
ouço a música que em perfeita harmonia faz da vida
um canto de luz
e prazer
aqui
bem aqui
resistir sempre!
belo.
és belo!
Dizes bem!
Como é que conseguimos resistir tanto?
Foi bom ouvir a música que escolheste.
Tão linda, tão doce, tão apaziguadora para a dor de quem continua a resistir!
Abraço
e, por vezes (as mais das vezes) tão horrorosamente redondos...
Mas é um suspiro ouvir a música...
abraços!
Êta natureza humana complexa...
:))
A matéria ao mesmo tempo que nos faz resistentes faz-nos sensíveis. Os corpos tem elasticidade mas também tem um ponto de ruptura, não abusemos dele.
Agradeço este convite à reflexão com um Adágio tão adequado, bom, como quase todos os adágios que nos embalam assim.
Abraço-te com ternura, inspiração do momento...
e porventura tão próximos e indiferentes...
beijos
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